Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Prux, Paula Raymundo |
Orientador(a): |
Costa, Silvia Generali da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/143291
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Resumo: |
Esta pesquisa objetiva analisar as experiências de flow (Teoria do Flow, de Csikszentmihalyi) alcançadas pelos Auditores Públicos Externos (APEs) do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul (TCE-RS), a partir da sua percepção. Tem como objetivos específicos: identificar e descrever as condições, as características e as experiências de flow alcançadas pelos Auditores Públicos Externos do TCE-RS, com base em sua percepção; verificar os fatores determinantes para a ocorrência das experiências de flow por parte dos APEs; identificar os níveis de satisfação de vida e de autoestima dos APEs; sugerir questões para futuras pesquisas; fornecer feedback para que o TCE-RS possa melhorar suas políticas de gestão de pessoas. Como principal base teórica utiliza a Teoria do Flow, de Mihaly Csikszentmihalyi (1989, 1991, 1997, 2000, 2004), que foca na experiência máxima. Contextualiza a teoria dentro da Psicologia Positiva. Aborda aspectos teóricos de motivação em Maslow (1970, 1976, 1986, 2001) e Csikszentmihalyi (2004), satisfação de vida (Hewitt, 2009, Diener e Diener, 1995) e autoestima (Rosenberg, 1973, Diener et al, 2005). Contextualiza o trabalho no setor público com base em autores clássicos e contemporâneos como Weber (2000, 2010), Kalberg (2005), Crozier (1981), Motta (1984), Bresser Pereira (1996, 2009), Bergue (2010, 2011, 2014), Paludo (2013), Paes de Paula (2005). A pesquisa é exploratória-descritiva (Gil, 2008), com abordagem quanti-qualitativa. Aplicou-se questionário online com questões de identificação (adaptado de Gouveia, 2011; Oliveira, 2013), Escala de Satisfação de Vida, Escala de Autoestima de Rosenberg (Hutz et al., 2014) e Escala de Flow (adaptado de Gouveia, 2011; Oliveira, 2013) para uma amostra não probabilística de 122 APEs do TCE-RS. Realizou-se entrevistas com dez APEs selecionados a partir do critério de acessibilidade. Os dados coletados a partir do questionário foram analisados por meio de análise fatorial confirmatória, análise de variância, correlação de Pearson e regressão linear. O conteúdo das entrevistas foi analisado pela análise de conteúdo (Bardin, 2010) por meio de doze categorias: metas claras; feedback imediato; equilíbrio entre capacidades e desafios; concentração profunda; controle sobre si mesmo e sobre a tarefa; noção de tempo alterada; fusão ação-consciência; personalidade autotélica; trabalho considerado significativo pela sociedade; satisfação de vida; autoestima. Dentre os participantes da etapa quantitativa, 86,9% afirmaram vivenciar experiências de flow durante o trabalho, 23% estão entre os mais satisfeitos, 60% apresentaram satisfação de vida acima da média; 30,3% estão entre os com autoestima mais elevada, 42,7% apresentaram autoestima acima da média. Foram verificadas diferenças de percepções que podem ser analisadas pela instituição para que sejam elaboradas políticas de gestão de pessoas para suprimir as lacunas apresentadas principalmente quanto à satisfação de vida e condições para a experiência de flow. Há correlação positiva entre satisfação de vida, autoestima e experiência de flow. A experiência de flow é mais influenciada pela autoestima do que pela satisfação de vida. Dos dez APEs entrevistados, oito sentem ou já sentiram flow no trabalho. Todas as condições para a experiência de flow foram citadas, com ênfase para o equilíbrio entre capacidades e desafios. A maioria afirmou gostar da atividade e de desafios. Todos sentem flow fora do trabalho, principalmente ao viajar e ler. Há alta rotatividade dos APEs entrevistados entre as áreas de atividade. A área de atividade influencia na percepção de flow. |