Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Silva, Silvana Cruz da |
Orientador(a): |
Pinho, Leandro Barbosa de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/186161
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Resumo: |
A segurança do paciente e a cultura de segurança das instituições são atributos prioritários da qualidade dos sistemas de saúde. Na área obstétrica devido aos elevados índices de mortes maternas e neonatais, há necessidade de problematizar a Segurança do Paciente na assistência ao parto e nascimento a partir do olhar dos profissionais, com uma visão de melhoria e qualidade do cuidado. Neste contexto, o objetivo geral do estudo é analisar a percepção dos profissionais de saúde sobre a segurança do paciente no processo assistencial ao parto e nascimento. À luz do referencial de Segurança do Paciente, desenvolveu-se um estudo descritivo-exploratório e analítico com abordagem qualitativa. O cenário de estudo foi o Serviço Materno-Infantil do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Os dados foram coletados entre agosto e novembro de 2016, por meio de seis encontros de grupos focais, com um total de 12 profissionais da saúde participantes, entre médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem das unidades: centro obstétrico e internação obstétrica. Utilizou-se a Análise de Conteúdo do tipo Temática para tratamento dos dados. A pesquisa tramitou na Plataforma Brasil, obteve aprovação do Comitê de ética em Pesquisa, mediante CAAE: 57781016.1.0000.5327. Os resultados e discussões foram organizados e agrupados em três temas principais. O primeiro, “A Cultura de Segurança do Paciente no Processo de Parto e Nascimento”, desvela algumas especificidades de cada dimensão da cultura de segurança que merecem um olhar mais atento e indica a existência de uma cultura de segurança em construção. No segundo tema denominado “Promoção da Segurança do Paciente em Obstetrícia: das Metas Internacionais às Fragilidades no Cuidado”, identificou-se que a maioria das metas já foram implementadas pelo serviço e são parte integrante do processo assistencial na área obstétrica, entretanto, foram indicadas algumas fragilidades do processo, como possibilidade de melhorias. O terceiro tema, “Fortalecimento da Cultura de Segurança na Área Obstétrica”, aborda recomendações positivas para a melhoria da segurança do paciente, tais como: estratégias para redução das interrupções no serviço; ações de investigação e engajamento da administração geral; estratégia para a horizontalidade da gestão e maior envolvimento de todos os profissionais; estratégias a partir do processo de formação com o uso de simulação clínica; a acreditação hospitalar como um gatilho importante, promotor de mudanças; estratégias para o fortalecimento das orientações; sugestões para os mecanismos e materiais de identificação; o uso de tecnologias de informação na saúde para processos mais seguros; ações práticas na assistência ao transporte intra-hospitalar; estratégia de comunicação na transferência das pacientes; desconstrução de hierarquia para a comunicação efetiva; instrumentos para denunciar abusos nas relações profissionais; o estimulo ao trabalho multiprofissional e multidisciplinar; valores de satisfação dos profissionais; e o uso da técnica de grupos focais como estratégia para a sensibilização e o fortalecimento de uma cultura de segurança do paciente. Conclui-se que na percepção dos profissionais de saúde, é necessário investimento individual, coletivo e institucional com a implementação de estratégias de sensibilização e ações práticas para a efetivação da cultura de segurança e da segurança do paciente no processo assistencial ao parto e nascimento na instituição. |