Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
David, Silvia Cardoso de |
Orientador(a): |
Fiorini, Tiago |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/270562
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Resumo: |
A ruminação cognitiva é uma estratégia de regulação emocional mal adaptada. Esse padrão envolve pensamentos negativos repetitivos de algum evento passado, não leva a resolução de problemas, aumenta o sofrimento e perpetua os sintomas. Dentre as estratégias de regulação emocional mais estudadas, a ruminação é a única com efeito independente em indicadores de risco a saúde e desfechos como ansiedade, má qualidade do sono e depressão. Esse traço de pensamento parece ter um papel importante não só na saúde psicológica, mas na saúde somática através da mediação entre o estresse e seus efeitos fisiopatológicos. O objetivo dessa tese de doutorado foi avaliar se a ruminação cognitiva está associada a doença periodontal, perda dentária e qualidade de vida relacionada à saúde bucal. Para isso, foi analisada uma amostra de base populacional de uma área rural do sul do Brasil. Ruminação e qualidade de vida relacionada à saúde bucal foram coletadas através dos questionários de ruminação e reflexão (QRR) e Oral Health Impact Profile (OHIP-14), respectivamente. Doença periodontal e perda dentária foram acessadas através de um exame periodontal completo em seis sítios por dente realizado por examinadores calibrados. Após ajuste para confundidores, a regressão de Poisson mostrou que indivíduos que ruminam mais tem 27% maior prevalência de doença periodontal grave (PR 1.27 95%IC 1.02 – 1.60). Em relação a perda dentária e OHIP, após ajuste dos modelos, a regressão binomial negativa mostrou associação com a ruminação, mas não foi estatisticamente significante (RR 1.14, 95%IC 0.99 – 1.31) e (RR 1.20, 95%IC 0.98 – 1.48), respectivamente. Dentre os três desfechos estudados, ruminação está associada a doença periodontal e parece haver alguma relação com perda dentária e OHIP (resultados bordelines). Até onde os autores sabem, nenhum estudo com esse tópico foi abordado na literatura. Por isso, o caráter dessa tese é exploratório e os resultados devem ser interpretados com cautela. Mais estudos são necessários para elucidar a relação entre ruminação cognitiva e desfechos odontológicos. |