Tristeza: desencadeadores e associações com autoestima, ruminação e autorregulação emocional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Oliveira, Flávia Cristina Santiago de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/192351
Resumo: Aspectos influenciadores no desenvolvimento humano incluem a interação de fatores ambientais e inatos, como a constituição histórica e biológica do indivíduo, envolvendo compartilhamento de experiências e características individuais nas quais estabelecem e modificam pensamentos, emoções e comportamentos de pessoas e grupos de forma dinâmica. Nesse sentido, as emoções pertenceriam a condições biológicas inatas universais, equivalentes a uma comunicação passível de ser compreendida em qualquer cultura, tendo funções importantes no processo evolutivo. A tristeza, enquanto emoção básica, é uma das mais intensas da vida humana comparada às outras, a qual nem sempre possui aspectos negativos. Desta forma, os objetivos deste trabalho foram identificar e analisar os desencadeadores de tristeza, o interesse dos indivíduos por estímulos com conteúdo triste (música, filmes e notícias), além de testar o modelo preditivo tendo a autoestima, autorregulação emocional e ruminação como preditoras e a tristeza como variável dependente, comparando os resultados entre homens e mulheres. Para responder os objetivos, foram realizados dois estudos: o primeiro, de caráter descritivo e comparativo, e o segundo, de caráter exploratório e comparativo. Os resultados mostraram que a tristeza pode ser desencadeada por diversos fatores, como questões financeiras, trabalho, estudo, relações interpessoais e perdas, se assemelhando com dados de pesquisas realizadas em outras culturas. Ademais, muitos participantes disseram ter interesse em experienciar estímulos como músicas e filmes tristes, justificando obter redução do sofrimento emocional. Tal preferência também pode ser justificada pelo controle e predição daquilo que vão entrar em contato. Na comparação entre os sexos para a preferência pelos estímulos, não foram observadas diferenças significativas, bem como não houve diferença nas variáveis: autoestima, autorregulação emocional e ruminação no segundo estudo, pois somente a tristeza apresentou significância na comparação entre os sexos, em que as mulheres tiveram maior nível. Ainda, os dados de regressão linear indicaram que a ruminação é a variável que mais explica a variabilidade nos níveis de tristeza. Considerando os dados apresentados, conclui-se que compreender as emoções é fundamental em termos de teoria e prática, pois mesmo que as emoções sejam compreendidas como negativas e desagradáveis, elas também podem motivar a busca para o tratamento psicológico, auxiliando o indivíduo em sua saúde mental.