Alterações longitudinais no perfil microbiológico e parâmetros clínicos periodontais de incisivos centrais superiores com periodonto reduzido submetidos à intrusão dentária

• Ano de defesa: 2020
• Autor(a) principal: Gutierrez, Lorena Silva
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
• Palavras-chave em Português: Doenças Periodontais; Perda da Inserção Periodontal; Técnicas de Movimentação Dentária; Periodontal Diseases; Periodontal Attachment Loss; Tooth Movement Techniques
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/192498

A movimentação dentária ortodôntica em pacientes adultos com histórico de doença periodontal requer um planejamento complexo, devido à reabsorção óssea, e a dificuldade de se obter uma ancoragem satisfatória por consequência da perda de elementos dentários. O objetivo deste trabalho foi avaliar as alterações longitudinais no perfil microbiológico e nos parâmetros clínicos periodontais de incisivos centrais superiores com periodonto reduzido durante e após término do movimento de intrusão dentária. Vinte pacientes com doença periodontal foram selecionados de acordo com os critérios do estudo. Estes pacientes deveriam apresentar incisivos centrais superiores vestibularizados e extruídos com perda de inserção ≥ 5 mm e indicação de intrusão dentária. Todos os sítios com atividade de doença periodontal receberam raspagem e alisamento radicular (RAR) e para o tratamento ortodôntico ser iniciado, os incisivos centrais superiores deveriam apresentar estabilidade no nível clínico de inserção após 90 dias do término do tratamento periodontal ativo. Os parâmetros clínicos Índice de placa (IP), Índice Gengival (IG), profundidade de sondagem (PS), nível clínico de inserção (NCI), recessão gengival (RG), sangramento à sondagem (SS) e tamanho de coroa clínica (TCC) foram avaliados antes do procedimento de RAR, no início do movimento de intrusão (T1- Baseline), durante o movimento de intrusão (90 e 180 dias), imediatamente após o término da intrusão ortodôntica (T2), 90 e 180 dias após o término do tratamento de intrusão. Coletas de amostras de fluido crevicular gengival (FCG) foram realizadas imediatamente antes do início da intrusão, após 90 dias do início da intrusão, imediatamente após término da intrusão e após 180 dias do término da intrusão para detecção de periodontopatógenos Aggregatibacter actinomycetemcomitans (Aa), Porphyromonas gingivalis (Pg), Treponema denticola (Td) e Tannerella forsythia (Tf), pela técnica de RT-PCR. Os resultados mostraram uma melhora significante em todos os parâmetros clínicos periodontais avaliados comparados aos valores de antes da intrusão (T1-Baseline), inclusive ganho de inserção. O IP reduziu de 38,8% para 13,1%; IG diminuiu de 39,6% para 14,9%; SS reduziu de 28,7% para 8,2%; A PS reduziu de 6,0±0,2 para 2,6±0,2; o NCI reduziu de 7,8±0,3 para 4,8±0,4; a RG reduziu de 2,8±0,2 para 0,6±0,2 e o TCC reduziu de 12,0±0,4 para 9,6±0,2. Na análise microbiológica, não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas na quantidade dos periodontopatógenos no biofilme subgengival entre os diferentes períodos de avaliação do estudo. Conclui-se que a intrusão ortodôntica pode influenciar positivamente na melhora dos parâmetros clínicos periodontais após tratamento de RAR, porém, sem mudanças significantes na quantidade de periodontopatógenos presentes.