Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Hansen, Alana Witt |
Orientador(a): |
Gomez, Rosane |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/194900
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Resumo: |
A dependência ao álcool é um problema de saúde pública e está relacionada a milhares de mortes por ano. Indivíduos dependentes, quando em abstinência ao uso de álcool, apresentam sintomas negativos que contribuem para a recaída e a manutenção do ciclo da adição. Muitos dos sintomas da abstinência são resultantes do desequilíbrio entre os sistemas GABAérgico e glutamatérgico. A neuroplasticidade induzida pelo álcool afeta principalmente os receptores do ácido gama-aminobutírico A (GABAA) e os receptores N-metil-D-aspartato (NMDA) de glutamato. A taurina, um aminoácido sulfonado, atua como modulador inibitório e diminui a excitotoxicidade induzida por glutamato por interação com os receptores NMDA, diminuindo o influxo de cálcio na célula. Portanto, no primeiro artigo apresentado nesta tese foram avaliados os efeitos da taurina (100 mg/kg/dia) no comportamento de ratos cronicamente tratados (2 g/kg, 2x ao dia) ou após cinco dias de abstinência ao álcool. Também foi verificada a expressão de RNAm da subunidade α2 do receptor de GABAA e de BDNF no córtex frontal destes animais. Os resultados obtidos mostraram que mesmo após cinco dias de abstinência os ratos ainda apresentam diminuição no comportamento exploratório no campo aberto quando comparados ao grupo controle. O tratamento com taurina foi capaz de restaurar o comportamento dos animais abstinentes. A taurina reduziu a expressão de BDNF no grupo cronicamente tratado com álcool, demonstrando um efeito neuroprotetor e diminuiu a expressão de α2 apenas nos ratos controle. No segundo artigo avaliou-se a expressão de RNAm das subunidades α1, α4, δ e γ2 de GABAA e GluN2A e GluN2B de NMDA no hipocampo de ratos submetidos ao mesmo protocolo de exposição crônica e abstinência ao álcool. Não foram observadas diferenças significativas de expressão de subunidades entre os grupos estudados. Porém, análise de correlação mostrou que o uso crônico de álcool e a abstinência alteram as correlações entre as subunidades observadas no grupo controle, e a taurina não foi capaz de reverter este efeito. Apesar de sua interação com os receptores GABAA e NMDA a taurina não é eficaz para equilibrar estes dois sistemas que são afetados pelo uso crônico e abstinência ao álcool. Os resultados obtidos nesta tese contribuem para a elucidação das alterações decorrentes do uso e abstinência ao álcool e do tratamento com taurina sobre sistemas neurotransmissores e comportamentos. Tais resultados podem contribuir para o desenvolvimento de novos fármacos para o tratamento da dependência. |