Histórias ficcionais e interseccionais no acolhimento emergencial de crianças e adolescentes a partir dos pensamentos negro decolonial e feminista negro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Paula, Leonardo Régis de
Orientador(a): Costa, Luis Artur
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/264326
Resumo: Este estudo teve como objetivo central investigar as narrativas institucionais no que se refere às noções e juízos do que é considerado risco como justificativas para o acolhimento emergencial de crianças e adolescentes da cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Além disso, dividida em três partes, a dissertação também abordou o processo de construção de um pesquisador no mestrado, onde o pesquisador, um homem negro, cis e não heterosexual, localiza seu território do pesquisar, articulando elementos da sua questão de pesquisa, de sua trajetória acadêmica e de vida, assim como aportes do Pensamento Negro Decolonial e Feminista Negro; e a construção de um conceito, onde o pesquisador fundamenta seu conceito de Historicizar e justifica sua relevância para o trabalho no campo das políticas públicas em geral e nas práticas de acolhimento em especial. O Historicizar é definido, então, como um conceito teórico-metodológico-narrativo que, baseado na ficção, surge como um método de pesquisa qualitativa para a análise de políticas públicas, uma análise contra-hegemônica e Decolonial a partir da construção do Pensamento Negro Decolonial e do Pensamento Feminista Negro. Na terceira e última parte, se deu a construção de uma pesquisa, onde o pesquisador se aproximou do campo empírico, o Conselho Tutelar da cidade de Porto Alegre. Em um primeiro momento recuperando as legislações, normativas técnicas, história de formação, distribuição no território e entrevista com trabalhadoras do serviço. Num segundo momento, compondo diversas narrativas ficcionais a partir de dados públicos presentes em diferentes meios de comunicação e dados provenientes da entrevista com a profissional do Conselho Tutelar, sendo todas as narrativas construídas a partir da perspectiva dos Pensamentos Negro Decolonial e Feminista Negro, trazendo também a operacionalização da interseccionalidade, colocando em destaque o protagonismo de vidas marcadas por opressões, desigualdades, explorações e privilégios sociais pelos sistemas de dominação.