Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Webber, Bruna |
Orientador(a): |
Nascimento, Vladimir Pinheiro do |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/255459
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Resumo: |
A constante busca pelo aperfeiçoamento nos processos que garantam a segurança dos alimentos impulsionam estudos com o intuito de conhecer melhor as características de patógenos, que, quando presentes, causam impactos negativos ao setor avícola. Salmonella Heidelberg (SH) é o sorovar que se destacou nos últimos anos devido sua alta prevalência e multirresistência aos antimicrobianos. Buscou-se nesse trabalho informações quanto à formação de biofilmes, à suscetibilidade antimicrobiana, e à detecção de genes de virulência, permitindo, assim, melhor entendimento e maneiras alternativas de eliminação da SH. Encontramos variados perfis genotípicos (56), diferentes graus de formação de biofilme e altas taxas de multirresistência (125/126 - 99,2%), sugerindo que há uma diversidade de isolados de SH em produtos avícolas, o que pode indicar a existência de fontes de contaminação variáveis na indústria de alimentos. Atualmente, o mundo está enfrentando um crescente surgimento de bactérias resistentes aos antibióticos e a necessidade de reduzir o seu uso indiscriminado é fundamental. A procura de novos compostos antimicrobianos a partir de espécies vegetais, como óleos essenciais (OEs), e o uso de bacteriófagos (fagos), tem se mostrado bastante expressiva. Os fagos são predadores naturais de bactérias, onipresentes no ambiente e com alta especificidade ao hospedeiro, inofensivo para homens e animais. Os OEs são utilizados desde a idade média nos mais diferentes ramos das indústrias farmacêutica, sanitária, agrícola e de alimentos, e sua atividade bactericida também é tida como destaque. Nesse contexto, ambos são considerados alternativas valiosas e uma oportunidade de reduzir o uso de antimicrobianos. Avaliou-se a capacidade de biocontrole com o uso de três bacteriófagos (UPF_BP1, UPF_BP2, UPF_BP3) isolados ou combinados (pool) para prevenção e remoção de biofilmes de SH em superfície de poliestireno, em tempos de 3, 6 e 9 horas de ação. Os fagos individuais e em combinação demonstraram reduções na adesão de SH em até 83,4%, e remoção do biofilme pré-formado de até 64,0%. Ressalta-se que o uso de combinações sinérgicas entre os fagos é a mais indicada por potencializar a redução, bem como o uso no condicionamento de superfícies ser mais eficaz do que em biofilmes pré-formados. No teste com os OEs, avaliou-se a ação in vitro de cinco óleos (orégano, canela, tomilho, cravo e gengibre) sobre os isolados de SH, avaliando atividade antimicrobiana em ágar difusão e concentração inibitória mínima (CIM). O orégano e a canela obtiveram ação antimicrobiana em baixas concentrações sobre os isolados. Além disso, o efeito do OE de orégano foi testado em matriz cárnea nas temperaturas de 12±1ºC e a 4±1ºC por 0, 1, 3 e 5 dias, sendo eficiente para redução da carga microbiana em diferentes temperaturas e tempo de contato com a matriz confrontada, enfatizando a importância da associação à baixas temperaturas. Com esses resultados temos disponíveis métodos naturais que podem ser alternativas para o controle desse patógeno, e contribuem para o futuro uso de bacteriófagos como medida de condicionamento de superfícies no biocontrole de biofilmes de SH. |