Caracterização molecular e da virulência de cepas de Salmonella spp. isoladas em uma planta de abate de aves.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Dantas, Stéfani Thais Alves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/153768
Resumo: Salmonella spp. é uma bactéria entérica, responsável por graves doenças de origem alimentar e um dos principais agentes envolvidos em surtos no mundo todo. A contaminação ocorre, principalmente pelo consumo de carne de frango e ovos, uma vez que esses animais podem ser portadores de vários sorovares patogênicos para o homem. O objetivo do estudo foi avaliar o potencial patogênico de 40 cepas de Salmonella spp., isoladas de esteiras de um abatedouro de aves, por testes fenotípicos de adesão, invasão e produção de biofilme e análise genotípica da presença de vários genes relacionados com fatores de virulência, além de verificar sua persistência no ambiente e sua susceptibilidade a antimicrobianos por disco-difusão. Foi observada resistência à tetraciclina (17,5%) ampicilina (10%), cefotaxima (7,5%), cotrimoxazol (5%) e cloranfenicol (2,5%). Todas as cepas apresentaram os genes invA, sipB, sipD, ssaR, sifA, sitC, iroN, tolC, flgK, fljB e flgL. Os genes sopB e sipA estavam presentes em 92,5% dos isolados, enquanto sopD e spvB foram observados em 90% e 32,5% das cepas, respectivamente. Todos os isolados aderiram e invadiram células HeLa, com índice de invasão variando de 1,4 a 73,8%. Com relação à produção de biofilme, 31 (77,5%) cepas foram capazes de produzir biofilme em microplacas de poliestireno. Pela técnica de eletroforese em gel de campo pulsado (PFGE), detectou-se a persistência de clones no ambiente por até 18 semanas, entre as 20 amostradas. Não foi possível o estabelecimento de uma correlação entre as taxas de adesão e invasão e a presença/ausência dos genes codificadores de proteínas efetoras envolvidas nesses processos. Além disso, a capacidade dessas cepas em produzir biofilme e com isso, persistirem no ambiente e se dispersarem pelas superfícies de contato na planta de processamento, favorece a contaminação de alimentos de boa qualidade, fato agravado pelo potencial patogênico desses isolados demonstrados pela capacidade de adesão e invasão e pela resistência a vários antimicrobianos.