Desenvolvimento de método analítico indicativo de estabilidade para o controle de qualidade químico e biofarmacêutico de linagliptina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Engel, Rita Elena de Abreu
Orientador(a): Schapoval, Elfrides Eva Scherman
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/233466
Resumo: Linagliptina (LGT) é um fármaco membro da classe de gliptinas que inibe a enzima dipeptidil - peptidase - 4 . Elas são usadas para reduzir os níveis de glicose no sangue em pacientes com Diabetes mellitus tipo 2. Devido a seu recente desenvolvimento e lançamento no mercado, a LGT não tem monografia em compêndio oficial, nem em registros nacionais ou internacionais disponíveis para determinações qualitativas e quantitativas indicativas de estabilidade do fármaco. O objetivo deste trabalho foi desenvolver um método cromatográfico para caracterizar LGT em forma de comprimido contendo 5 mg do fármaco, avaliar a cinética de degradação de LGT frente à condição alcalina (padrão e amostra), determinar a possível citotoxicidade dos produtos de degradação, tanto do fármaco quanto do padrão, em células mononucleares e sugerir os possíveis principais produtos de degradação, além de desenvolver método de dissolução para os comprimidos. Um método simples por cromatografia líquida de fase reversa indicativo de estabilidade foi otimizado e validado de acordo com o International Conference on Harmonization sob os critérios de aceitação como especificidade, linearidade, precisão, exatidão, robustez e adequabilidade do sistema. A coluna analítica C8 (150 mm x 4,6 mm x 5 μm) foi utilizada a 30 °C com uma mistura de água (trietilamina 1,0 %, ajustado para pH 4,5 com ácido ortofosfórico) e de acetonitrila (80:20, v/v), com vazão de 1,2 mL.min-1 e a detecção a 293 nm. Os excipientes não interferiram na determinação da LGT. Além disso, em estudos de degradação forçada, não foi observada interferência no pico do fármaco. A cinética de degradação em meio básico sob aquecimento a 60 °C foi determinada e tanto padrão e amostra seguem cinética de primeira ordem com constante (k) igual a 0,25 h-1 e 0,21 h-1, t ½ igual a 2,77 h e 3,31 h e coeficiente de determinação igual a 0,9153 e 0,9775 para o padrão e amostra, respectivamente. Foram avaliados os danos da membrana celular provocados pela LGT a 100 mg mL-1 e pelos produtos de degradação formados. Nas concentrações avaliadas e na degradação forçada até 50% e 100% dos comprimidos, não foi verificado nenhum dano celular tanto à luz UV-C quanto na condição alcalina. As estruturas moleculares foram sugeridas a partir de análises de espectro de massa para a identificação dos produtos de degradação formados. A LGT foi obtida após 6,3 min de análise e a resposta foi linear na faixa de 1-50 μg mL-1 (r = 0,9998 ), observou-se regressão linear significativa e desvio da linearidade não significativa por meio de análise de variância. O método foi preciso (DPR intradia e interdia < 1,10 %), exatidão (média de recuperação = 98,6%), e robusto. Limite de detecção e limite de quantificação foram de 0,14 e 0,45 mg.mL-1, respectivamente. Para análise biofarmacêutica foi desenvolvido método de dissolução utilizando meio citrato pH 3,5 com aparato cesta, velocidade de agitação de 75 rpm à temperatura de 37 ± 0,5 °C. De acordo com os resultados obtidos, o fármaco pode ser um candidato à bioisenção. As condições propostas foram aplicadas com sucesso para a análise quantitativa da LGT em comprimido, o que ajudará a melhorar o controle de qualidade de medicamentos e contribuir para estudos de estabilidade desta gliptina.