Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Silva, Priscilla Cardoso da |
Orientador(a): |
Gonçalves, Andréa Krüger |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/258662
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Resumo: |
A fragilidade física é uma síndrome de alteração multifatorial que ocasiona o declínio de sistemas fisiológicos pela diminuição acentuada das reservas de energia e resistência aos agentes estressores. Seus efeitos deletérios contribuem para o aparecimento de diversas enfermidades e complicações de saúde, percebendo a carência de estudos direcionados ao público idoso praticante de exercício físico em programas de extensão universitária, o objetivo do estudo foi investigar a fragilidade física em idosos praticantes de exercício físico e a sua associação com as variáveis de saúde. A partir desta dissertação foram elaborados dois artigos transversais (Artigo A e Artigo B), ambos com amostra de 183 idosos caracterizados em grupos de acordo com a avaliação do Fenótipo da fragilidade: Não Frágil (GNF; n= 96) e Pré-frágil (GPF; n=87) participantes do Programa de Extensão Universitária Centro de Estudos de Lazer e Atividade Física do Idoso (CELARI) da ESEFID/UFRGS. O Artigo A teve como objetivo verificar a associação do nível de fragilidade física com características sociodemográficas, condições de saúde e qualidade de vida relacionada à saúde de idosos praticantes de exercício físico. Para coleta de dados foi utilizado questionário sociodemográfico e de condições de saúde, Escala de eficácia de quedas (FES-I BRASIL), questionário de avaliação da qualidade de vida (SF-36) e a Escala de depressão geriátrica (GDS-15). Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva e inferencial (p≤0,05). Os resultados apresentaram predomínio do sexo feminino, grupo etário de 70 a 79 anos, etnia branca, estado civil casados, escolaridade superior a 8 anos e, aposentados. Quanto às condições de saúde os resultados foram para apresentação de 1 a 3 doenças crônicas, boa percepção de saúde, ausência de quedas (últimos 6 meses) e sobre o medo de quedas os grupos apresentaram diferentes classificações. A pré-fragilidade apresentou associação com as variáveis sociodemográficas (grupo etário, etnia/raça, moradia) e de condições de saúde (número de doenças, percepção de saúde e medo de quedas). Ocorreu diferença entre os grupos em todas as variáveis de qualidade de vida e associação a pré-fragilidade com o domínio de aspectos físicos da qualidade de vida (variância de 10%). O Artigo B teve como objetivo avaliar a relação da fragilidade física com aptidão física e condições da velocidade da marcha, força de preensão manual e índice de massa corporal em idosos praticantes de exercício físico. Os instrumentos utilizados foram: teste de aptidão física funcional (Sênior Fitness Test), teste de apoio funcional, apoio unipodal, Timed Up and Go (TUG), avaliação do Fenótipo da fragilidade (velocidade da marcha, força preensão manual-FPM, índice de massa corporal-IMC). Os dados foram analisados pela estatística descritiva e inferencial. Os resultados demonstraram diferenças significativas entre os grupos em todas variáveis, e associação direta entre a pré-fragilidade e as variáveis físicas de FPM direita, IMC e o TUG (variância de 27%). Concluímos no estudo que os idosos do GPF apresentaram resultados inferiores na qualidade de vida e aptidão. A pré-fragilidade teve associação com aspectos sociodemográficos e condições de saúde podendo predizer algumas características deste grupo de idosos. Como esperado a predisposição a pré-fragilidade ocorreu na variável física de FPM direita, por pertencer ao instrumento avaliativo, assim como IMC, no entanto, com relação ao sobrepeso. O TUG pode ser uma opção de avaliação para predizer a fragilidade física. Percebemos que a fragilidade física surge de forma inesperada (“escondida”) nos idosos que praticam exercício físico regular, mesmo a prática causando um efeito protetor para várias patologias. Desta forma, os programas de exercício físico e de extensão universitária direcionada ao publico idoso necessitam de um olhar amplo e global sobre as características físicas, funcionais e sociais do idoso, buscando alternativas de serviços de informação, orientação e possíveis soluções para futuros problemas de saúde na sociedade. |