Avaliação da fragilidade e dos efeitos da urbanização sobre o relevo no setor oeste da cidade de Rio Claro (SP)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Franzin, Marcelo Eduardo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/152681
Resumo: A urbanização tem crescido consideravelmente nos países tropicais e em desenvolvimento; no Brasil, nas últimas sete décadas, a população passou a ser predominante urbana. A construção das cidades e a expansão das áreas urbanas tem alterado as dinâmicas dos sistemas naturais e provocado profundas alterações nas paisagens, com a criação de novas condições para os fluxos de matéria e energia no sistema relevo, suporte físico para o assentamento urbano. No âmbito da geomorfologia, a antropogeomorfologia considera o homem como um agente geomorfológico, capaz de alterar as formas e os processos geomorfológicos. Essa vertente de estudos tem contribuído com a análise ambiental dos meios urbanos e dos efeitos da ocupação das cidades sobre o relevo. Nesse contexto, a presente pesquisa busca relacionar as características físicas do relevo, a fragilidade do meio físico, a fragilidade ambiental (ROSS, 1990, 1994, 2001) e os padrões de urbanização, buscando colaborar com instrumentos de gestão e planejamento para áreas urbanas. Assim, tem como objetivo avaliar a fragilidade do meio físico e ambiental do setor oeste da cidade de Rio Claro (SP), a fim de identificar como determinadas características geomorfológicas suportam as transformações promovidas pelo uso urbano. Para alcançar o objetivo exposto, parte-se da análise sistêmica, a partir da Teoria Geral dos Sistemas aplicada a Geografia, e por um referencial metodológico e técnico aplicado aos estudos de ambientes antropizados por meio de níveis hierárquicos de fragilidade potencial e emergente, considerando o histórico evolutivo da área e os parâmetros físicos e ambientais, extraídos da análise de materiais cartográficos elaborados. A síntese das variáveis físicas do relevo na carta de fragilidade do meio físico, possibilitou uma análise articulada: dos parâmetros morfométricos, dos materiais inconsolidados e das feições erosivas, o que permitiu apontar as características geomorfológicas que suportam de maneira estável ou instável diferentes usos da terra, em áreas urbanas e rurais. A fragilidade ambiental é alterada de acordo com as características do uso da terra e o tipo de cobertura vegetal, sendo possível identificar como a urbanização acentua a fragilidade ambiental, enquanto outras formas de ocupação e cobertura vegetal atenuaram a fragilidade. O modelo cartográfico para identificar os padrões urbanos e os efeitos sobre fragilidade ambiental, permitiu setorizar o ambiente urbano a partir da diversidade da forma de ocupação do solo e a capacidade técnica das infraestruturas urbanas utilizadas por diferentes classes sociais.