Capacidade funcional de idosos ativos e sua relação com o nível de aptidão física

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Sant'Helena, Débora Pastoriza
Orientador(a): Gonçalves, Andréa Krüger
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/230354
Resumo: O crescimento da população idosa está ocorrendo de forma acentuada, dessa maneira, a população mundial com 60 anos ou mais será de aproximadamente um bilhão em 2020 e de dois bilhões por volta do ano de 2050. O Brasil terá a sexta população de idosos do mundo. O envelhecimento está associado à diminuição de força muscular, equilíbrio, desempenho funcional, além da redução dos níveis de atividade física e capacidades físicas motoras e elevando a dependência física. Estudos vêm destacando altos índices de inatividade física em idosos em regiões diferentes do mundo. Além de abordarem, também, sobre a falta de autonomia funcional na vida dos idosos, resultando na dificuldade de execução de tarefas cotidianas das atividades de vida diária (AVD’s). Esta dissertação tem como objetivo analisar a capacidade funcional e suas relações com o nível de atividade física e a aptidão física de idosos praticantes de exercício físico de um programa de extensão universitária. A amostra foi composta por idosos com idade superior a 60 anos, ambos os sexos, participantes do programa de extensão Centro de Estudos de Lazer e Atividade Física do Idoso (CELARI) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Os instrumentos utilizados foram questionário sociodemográfico, escalas de capacidade funcional (atividades instrumentais e avançadas) e bateria de testes da aptidão física. Foram elaborados dois artigos a partir do objetivo geral. O Artigo 1 tem como objetivo investigar a influência do nível de atividade física nas atividades instrumentais e avançadas de vida diária de idosos praticantes de exercícios físicos. Trata-se de um artigo transversal e descritivo realizado com 191 idosos divididos a partir do nível de atividade física, resultando em 152 idosos mais ativos e 39 menos ativos. Os resultados encontrados demonstram que a maioria dos idosos é do sexo feminino (87%), de cor branca (84%), casados (43%), residindo com cônjuge (40%), com 8 ou mais anos de escolaridade (77%), aposentado (81%) e com renda de 1 a 3 salários mínimos (51%). Na comparação das variáveis de capacidade funcional com o nível de atividade física do idoso, foi visto a interferência em 5% nas atividades instrumentais, mas não ocorre nas atividades avançadas. No Artigo 2 o objetivo foi investigar a relação da aptidão física com os níveis de atividades instrumentais e avançadas da vida diária mediante o nível de atividade física de idosos praticantes de exercício físico. Um artigo transversal e descritivo realizado com 186 idosos, divididos a partir da combinação do nível de atividade física e as avaliações da capacidade funcional, resultando em 57 idosos no grupo Funcionalidade Total, 95 no grupo Funcionalidade Moderada e 34 no grupo Funcionalidade Baixa. Os resultados encontrados demonstram que os três grupos apresentaram maiores percentuais para as características sociodemográficas nas idades entre 70-79 anos, sexo feminino, brancos, moradia com cônjuge, casados, aposentados, com renda de 1 a 3 salários mínimos e escolaridade acima de 8 anos. Em relação a aptidão física, com a capacidade funcional e o nível de atividade física, foi encontrado diferenças significativas entre os grupos na força de membro inferior, força de membro superior, flexibilidade de membros superiores, equilíbrio e agilidade. O grupo Funcionalidade Total apresentou os melhores resultados comparado aos demais grupos nas quatro variáveis. Portanto, conclui-se que a participação de idosos em programas que incluem práticas de atividade física influencia resultados positivos no nível de atividade física, da capacidade funcional e de aptidão física dos idosos, tornando-os mais independentes funcionalmente em seus cotidianos e propiciando um envelhecimento com maior qualidade de vida.