Avaliação ambiental e epidemiológica do trabalhador da indústria de fertilizantes do Rio Grande, RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1999
Autor(a) principal: Hüttner, Maura Dumont
Orientador(a): Moreira, José da Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/200309
Resumo: As Doenças Pulmonares Ocupacionais constituem entre nós um importante e grave problema de saúde pública. Os conhecimentos a respeito de uma grande maioria delas é ainda incipiente. Com o objetivo de contribuirmos para o conhecimento dos riscos da exposição associada a produção de fertilizantes, realizou-se estudo ambiental e epidemiológico, transversal, com trabalhadores desse setor, em Rio Grande, RS. Foi aplicado questionário padronizado de sintomas respiratórios, realizado estudo radiológico de tórax e avaliada a função pulmonar através de espirometria, em 413 funcionários, sendo 305 expostos e 1 08 controles. Os trabalhadores expostos eram todos do sexo masculino, 84,3% da raça branca, 74,1% com escolaridade primária completa ou incompleta, com média de idade 38 anos (±7,6) e tempo médio de exposição 11,8 anos (±6,7). Quanto ao tabagismo, 126 (41,3%) eram fumantes, 76 (24,9%) ex-fumantes e 103 (33,8%) não fumantes. Foram divididos em quatro setores de trabalho em função dos riscos específicos de sua exposição ocupacional. A avaliação ambiental mostrou a presença de sílica livre, fluoretos e amônia gasosos, em concentrações acima dos limites de tolerância. Detectaram-se 30,5% de trabalhadores expostos com tosse, 14,7% com tosse crônica, 8,5% com bronquite crônica, 43,3% com rinite e 35,4% com conjuntivite. A espirometria foi normal em 82,3% dos trabalhadores, e o estudo radiográfico de tórax não evidenciou nenhuma anormalidade sugestiva de pneumoconiose. Inicialmente, a análise bivariada mostrou associação significativa entre exposição e tosse, tosse matinal, tosse no serviço, tosse e expectoração, tosse crônica, bronquite crônica, rinite e conjuntivite. Na análise multivariada, após o ajuste para tabagismo, manteve-se a significãncia para a tosse como um todo, para rinite e conjuntivite.