Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Vasconcelos, Tatiane da Rosa |
Orientador(a): |
Ferla, Alcindo Antônio |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/249361
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Resumo: |
Esta dissertação é fruto de um itinerário que foi se construindo no andar e no corpo da pesquisadora como fio condutor de um processo cartográfico. Em cada uma das aproximações empíricas apresentadas nos capítulos da dissertação, foi se constituindo um percurso cartográfico durante o mestrado que processou as aproximações com o campo empírico da participação e que desenvolveu a capacidade de pesquisar. O objetivo desta dissertação foi compreender ramificações que o cuidado em liberdade produz ao (re)pensar os efeitos da participação social em saúde em diferentes expressões da cultura em saúde de coletividades. Há uma dobra entre participar e produzir saúde, que desperta potência instituinte na afirmação da autonomia das pessoas e capacidade das coletividades de interferir nas políticas de saúde. A pesquisa fez aproximações empíricas com a 16a Conferência Nacional de Saúde e com populações tradicionais amazônicas, analisando documentos sobre diferentes aspectos da participação, seja na definição da política nacional de saúde, seja no enfrentamento à pandemia de COVID-19 na Amazônia. É necessário destacar que a “potência” não poderia ser “medida” com técnicas e métodos da pesquisa representacional. Então, o deslocamento entre uma experimentação e outra, permitiu enxergar linhas de força e expressões, muitas vezes lábeis, outras vezes apenas diversas daquelas encontradas nas pesquisas representacionais sobre os conselhos e conferências de saúde. A potência também se expressou como espaço de protagonismo, como autonomia para ocupar lugares de fala singulares e como reconhecimento da capacidade de expressar ideias válidas para a formulação da política e do cuidado. A condição do cuidado em liberdade se verifica na compreensão de que a saúde mental não está dissociada do corpo e da existência mesma das pessoas, que está associada com o contexto em que se vive e que se agudizam as condições de sofrimento diante de uma pandemia que interfere nos modos de ir e vir, sobretudo em um contexto em que o discurso governamental coloca segmentos da sociedade e a vida em si em vulnerabilidade. Mas o cuidado em liberdade também se expressa na capacidade de protagonismo das pessoas e coletividades para fortalecer formas de cuidar inclusivas e respeitosas às diferenças sociais e culturais. As ramificações da presente pesquisa referem-se à saúde como direito de todos, no encontro à “outras saúdes” e a liberdade em fazer parte de uma cultura com base no seu modo particular de viver através da integralidade enquanto um dos princípios do SUS, a políticas públicas que respeitem o outro e tanto nas coletividades quanto na confiança em um estado sem negacionismos. A pesquisa mostrou que a participação de todos se faz necessária quando se trata de defender o Sistema Único de Saúde (SUS), a saúde como direito, a produção de saúdes próprias de cada território e, principalmente, de exercer a democracia nos tempos atuais em que existem constantes ameaças em relação à saúde, ao cuidado e à vida. |