Cenas da participação popular em saúde: experiência de Assis/SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Betine, Anna Carolina Alencar
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/234673
Resumo: A pesquisa aqui apresentada tem como foco a apresentação de cenas e cenários da participação em saúde, vivenciado pela pesquisadora nos espaços do Conselho Municipal de Saúde da cidade de Assis, São Paulo. O percurso participativo é abordado a partir de costuras entre a linguagem cinematográfica e a narração de experiência autobiográfica, assumindo o ponto de vista da experiência de quem pesquisa e participa. Nessa trajetória, a pesquisa segue um curso cartocinematográfico, utilizando da cartografia para mapear os passos da participante, elaborando um mapeamento de alguns pontos da participação em saúde que são descritos em 5 Episódios que revelam algumas experiências de participação. Este percurso se inicia com a chegada ao Conselho e alguns fundamentos básicos deste espaço, no qual a pesquisa avança na compreensão do exercício do Controle Social. Seguindo por esse caminho são incluídos alguns espaços que compõem o Conselho, que são as comissões temáticas, responsáveis por estudarem mais a fundo as temáticas debatidas no Conselho. A partir desses espaços, é possível constatar diversas ações possíveis das participantes sobre a gestão municipal da saúde. Em meio à essas participações no Conselho, a pesquisa aborda também o campo da Participação Popular, pensando quais são esses populares que integram este campo e que também influenciam nos espaços de Controle Social. A pesquisa encontra, assim, duas formas de participação que seguem modos específicos e diferentes do modo do Controle Social. A interação entre essas participações acontece por meio da representação nos espaços do Conselho, que são do modo do Controle Social. As conferências também são um modo de Controle Social só que acontecem numa periodicidade de 4 anos, e em todos níveis federativos. Durante o processo de pesquisa houve a demanda por se realizar uma Conferência Municipal, trazendo a oportunidade de criar um espaço amplo de discussão sobre a saúde pública, convocando a população para falar sobre. A pesquisa deste modo traz ainda a experiência de organização de uma Conferência a nível municipal, descrevendo estratégias e conflitos que permeiam essa jornada participativa. Considerando o percurso de experiência é possível compreender alguns pontos existentes no campo da participação. Esta é uma aposta de transformação radical do modo como as pessoas lidam com a saúde individual e coletiva. A participação popular é uma inspiração em modelos de autogestão, no qual as pessoas têm lugar garantido para falar e agir, dentro dos acordo do grupo. Acontece que esses modelos precisam ser cultivados, e no contexto de avanço das tecnologias da ideologia neopentecostal e neoliberal, a cultura hegemônica segue individualista e coisificante. Essa é uma das teorias que encontro para especular sobre porque as pessoas não participam, sendo esta uma pergunta implícita em toda narrativa, e que pode seguir outros ramos explicativos.