Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Fernandes, Violeta Campolina [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/182461
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Resumo: |
Introdução. A participação da comunidade é uma das diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), sendo entendida como instrumento fortalecer a democracia e ampliar a cidadania. O presente estudo insere-se no contexto da participação comunitária de conselheiros de saúde e no fortalecimento de suas práticas. O objetivo geral foi qualificar conselheiros/as municipais de saúde por meio de oficinas educativas e do método da pesquisa-ação, com vistas a melhorar a participação da comunidade enquanto diretriz do SUS. Os objetivos específicos foram: identificar as temáticas discutidas nas reuniões dos conselhos municipais de saúde; levantar as fragilidades e potencialidades da participação comunitária nos conselhos municipais de saúde por meio de revisão integrativa da literatura; analisar mapas conceituais desenvolvidos em oficinas educativas no âmbito da capacitação profissional de conselheiros/as municipais de saúde; compreender a percepção dos conselheiros em relação a sua função participativa nos conselhos de saúde. Método. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP sob número 1.578.025/2016. Trata-se de pesquisa-ação, de abordagem qualitativa e multi métodos: oficinas educativas, observação participante e grupos focais. A construção de informações foi realizada em três municípios da região de saúde do Pólo Cuesta no interior do Estado de São Paulo nos anos de 2016 e 2017. Foram realizadas análises documentais, oficinas educativas e grupos focais. Ao final de cada oficina, utilizou-se mapa conceitual como estratégia de acompanhamento e avaliação da aprendizagem dos conselheiros. Os dados dos grupos focais foram analisados por meio da análise de discurso na vertente representacional temática e os dados dos mapas conceituais através da análise temática dialógica e análise semiótica da imagem parada. A discussão foi alicerçada pelos referenciais teóricos da Política Nacional de Educação Permanente para o Controle Social no Sistema Único de Saúde, a Teoria da Aprendizagem Significativa do construtivista David Ausubel e a Teoria da Democracia e Participação a partir dos pressupostos de Robert Dahl. Resultados. As oficinas melhoraram a participação comunitária nos fóruns de saúde e a intervenção contribuiu para a formação de conselheiros críticos e reflexivos. Nos grupos focais, foi observada uma participação ativa dos conselheiros, com troca de saberes, interação entre o grupo, expressão de vivências e desmitificação de conceitos acerca dos temas debatidos. Além disso, o mapa conceitual proporcionou a aprendizagem dos participantes, por evidenciar o conhecimento adquirido ao longo das oficinas educativas realizadas. Conclusão. As oficinas educativas e mapas conceituais são estratégias educacionais extremamente relevantes em vários contextos, inclusive no fortalecimento das práticas de conselheiros de saúde, por estarem centrados na aprendizagem e na transformação. Faz-se necessário a construção de trabalhos educativos com uso de métodos participativos como esse com conselheiros de saúde para que novos olhares surjam a partir do fortalecimento de todos os membros, apoiados por uma nova visão de mundo na perspectiva de melhorias da diretriz da participação da comunidade. |