Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Kuhl, Leonardo Palma |
Orientador(a): |
Schweiger, Claudia |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/217606
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Resumo: |
Objetivos: Avaliar o microbioma bacteriano encontrado em cânulas de traqueostomia pediátricas de um grupo de crianças com o diagnóstico de glossoptose por Sequência de Robin (SR), acompanhadas pelo Serviço de Otorrinolaringologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Métodos: Os pacientes foram incluídos no estudo no momento da troca de cânula de traqueostomia, realizada em ambiente hospitalar e pela equipe de otorrinolaringologia. Durante esse procedimento, o aspirado traqueal foi coletado e enviado para cultura, enquanto a própria cânula de traqueostomia foi armazenada para posterior sequenciamento de amplicon do gene 16s rRNA. A extração do DNA foi realizada com o uso do kit DNeasy PowerBiofilm (QIAGEN®- Cat No. 24000-50), já o sequenciamento foi realizado seguindo o protocolo Brazilian Microbiome Project (BMP) e com o auxílio do equipamento S5 (Ion S5™ System, Thermo Fisher Scientific). Principal component analysis (PCA) foi utilizado para procurar padrões ou grupamentos entres os pacientes. Resultados: Todos os 12 pacientes estudados estavam em uso de cânulas de traqueostomia da mesma marca, sem balonete, traqueostomizados há mais de um ano e com tempo de uso da cânula de traqueostomia analisada de aproximadamente 3 meses. Entre as culturas realizadas a partir do aspirado traqueal, apenas cinco pacientes tiveram crescimento de, pelo menos, uma bactéria, porém todos estes tiveram a OTU (operational taxonomic unit) de mesmo gênero identificada em seu microbioma pela metagenômica. Foi identificado um total de 68 OTUs diferentes no nível taxonômico de gênero, sendo os encontrados com maior abundância: Aggregatibacter, Pseudomonas, Haemophilus, Neisseria, Staphylococcus, Fusobacterium, Moraxella, Streptococcus, Alloiococcus e Capnocytophaga. O microbioma individual de cada paciente apresentou grande variedade, não correlacionando com nenhuma característica clínica individual. Testes de PCA foram utilizados para comparar variáveis entre os pacientes, porém não foram encontrados grupamentos. Conclusão: O microbioma das cânulas de traqueostomias apresenta grande variedade, mesmo em pacientes com características clínicas semelhantes, sendo difícil atribuir um padrão estático de normalidade. Mais estudos são necessários para compreender as relações entre as redes de comunidades bacterianas e como elas interagem entre si, seu microambiente e as repercussões clínicas que podem causar. |