Caracterização da traqueostomia na população pediátrica para desenvolvimento de protocolo de seguimento clínico e decanulação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Santana, Renato Battistel
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/244529
Resumo: Introdução: A traqueostomia na população pediátrica é procedimento de alta morbimortalidade quando comparado à população adulta. Protocolos baseados em evidências devem ser estabelecidos para diminuir a morbimortalidade associada e aumentar a taxa de decanulação. Objetivo: Realizar caracterização da população pediátrica submetida à traqueostomia e a partir desses dados realizar protocolo de seguimento clínico e decanulação baseado em evidências da literatura. Método: Trata-se de estudo observacional e retrospectivo de 111 crianças menores de 18 anos de idade que foram submetidas à traqueostomia em hospital terciário por período de 9 anos. Levantou-se dados de prontuário médico a respeito de perfil epidemiológico, indicações e comorbidades mais prevalentes e principais desfechos, como, por exemplo, complicações, mortalidade e decanulação. Resultados: A idade mediana da população estudada foi de 2 anos e 2 meses. A principal indicação de traqueostomia foi a intubação por tempo prolongado (63%). A principal comorbidade relacionada foi a epilepsia (34%). Como principal complicação, a formação de rolha ocorreu em 10,8 % dos pacientes até os primeiros 7 dias após cirurgia e em 19,8% das crianças após o sétimo pós operatório. A mortalidade da amostra foi de 48,1% e a o índice de decanulação foi de 11,7%. Conclusão: A ausência de protocolos de seguimento hospitalar e ambulatorial, a alta mortalidade e presença de múltiplas comorbidades são fatores que podem ter contribuído para a baixa taxa de decanulação.