As representações sociais sobre a velhice e os reflexos nos processos de gestão de pessoas de uma instituição de longa permanência de Porto Alegre

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Locatelli, Patrícia Augusta Pospichil Chaves
Orientador(a): Cavedon, Neusa Rolita
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/49412
Resumo: Nas últimas décadas, o envelhecimento da população brasileira tem demandado atenção, principalmente, no que tange ao cuidado para com o público idoso. Apesar de a legislação brasileira estabelecer que o principal responsável pelo cuidado ao idoso é a família, a dinamicidade do contexto social e a atual fluidez dos relacionamentos familiares tem reconfigurado essa prerrogativa. Neste contexto, com a finalidade de suprir essa demanda oferecendo ao público longevo serviços de assistência social e à saúde, principalmente, em casos em que o idoso não possui família ou esta não apresenta condições para assumir a responsabilidade pelo seu cuidado, surgem as denominadas Instituições de Longa Permanência para Idosos – ILPIs, objeto deste estudo. Partindo-se do entendimento de que a forma como os funcionários de uma ILPI são geridos e a prestação de serviços conduzida está diretamente relacionada às representações sociais de gestores, funcionários e dos próprios idosos sobre a velhice, este estudo objetivou identificar e analisar como as representações sociais sobre a velhice na ótica dos usuários e daqueles que trabalham em uma instituição de longa permanência para idosos se refletem nos processos de movimentação e desenvolvimento de pessoas dessa instituição. Para isso, esta pesquisa, de abordagem qualitativa e natureza exploratório-descritiva, adotou como estratégia o estudo de caso e como técnicas de coleta de dados: observação simples e participante, realizadas de setembro de 2011 a fevereiro de 2012; entrevistas semiestruturadas com 18 indivíduos, sendo quatro gerentes, nove funcionários e cinco idosos; classificação de fotos; pesquisa documental. Os resultados deste estudo apontaram para a heterogeneidade das representações sociais de gestores, funcionários e usuários da instituição pesquisada a respeito da velhice, que perpassaram não apenas o contexto de institucionalização, mas também os dois modelos predominantes de velhice, um com foco nas perdas e outro com foco nos ganhos. A análise dessas representações sociais permitiu ainda o desvelamento de questões pertinentes à dinâmica organizacional como as relacionadas a gênero, relações de poder, mecanismos de controle da velhice e mecanismos de resistência. Quanto aos processos de movimentação e desenvolvimento de pessoas, identificouse que as representações sociais a respeito da velhice influenciam na condução das ações relacionadas aos processos de captação, internalização e desenvolvimento de pessoas, se desdobrando na filosofia de atendimento da ILPI pesquisada e no comportamento de seus gestores e funcionários.