Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Silva, Elis Vanessa de Lima |
Orientador(a): |
Faccini, Lavinia Schuler |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/276250
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Resumo: |
As Doenças Genéticas representam um desafio significativo para a saúde em todo o mundo, incluindo o Brasil. A maioria dessas doenças também podem ser classificadas como Doenças Raras, as quais afetam coletivamente 6-8% da população mundial. Dados precisos sobre essas doenças são essenciais para o planejamento da saúde e a melhoria do atendimento ao paciente. Apesar disso, dados clínico-epidemiológicos ainda são limitados, especialmente em países de renda média como o Brasil. Este estudo teve como objetivo investigar o perfil clínico-epidemiológico e a análise espacial de pacientes com doenças genéticas no estado do Maranhão, Brasil, onde há carência de dados abrangentes sobre Doenças Genéticas e Raras. O estudo incluiu 1.060 pacientes pediátricos atendidos em duas unidades de saúde de São Luís, capital do Maranhão, entre janeiro de 2019 e janeiro de 2021. A maioria dos pacientes era da macrorregião Norte (79,5%), mais próxima da capital e com melhor acesso a serviços de genética médica. A média de idade na primeira consulta foi de 3,1 anos (DP 4,11) e a média de idade no diagnóstico foi de 3,48 anos (DP 4,5). Consanguinidade estava presente em 8,3% das famílias, com taxas mais elevadas nas macrorregiões leste (13,9%) e sul (14,3%). Quase metade (49,5%) dos pacientes tiveram um diagnóstico definitivo, principalmente através de diagnóstico molecular e técnicas citogenéticas. O cariótipo foi o exame mais solicitado, seguido pelo Sequenciamento Completo de Exoma. As anomalias cromossômicas foram as condições mais prevalentes (18,3%), especialmente a Trissomia do 21, seguida por condições monogênicas (10,5% autossômicas recessivas; 9,9% dominantes e 5,2% ligadas ao X), como Distrofia Muscular de Duchenne, Epidermólise bolhosa e displasias esqueléticas. No geral, este estudo forneceu informações importantes sobre a situação da Genética Médica no Maranhão, evidenciou que a localização geográfica teve um impacto significativo no acesso aos serviços de genética médica no Estado e destacou a necessidade de mais serviços especializados na região. |