Corpo de mulher, um campo de batalha : terrorismo de estado e violência sexual nas ditaduras brasileira e argentina de segurança nacional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Contreiras, Janaína Athaydes
Orientador(a): Padrós, Enrique Serra
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/188258
Resumo: As modalidades de violência sexual utilizadas especificamente contra as mulheres, em contexto repressivo, constituíram parte de um método utilizado com diversas finalidades. Em contexto de ditaduras, como foi o caso das ditaduras de Segurança Nacional no Brasil e na Argentina, a discriminação contra a mulher, marca de uma sociedade machista, é extrapolada e atinge altos níveis de brutalidade e crueldade. Os agentes das ditaduras agiram com particular violência e total impunidade com a finalidade de destruí-las, enquadrá-las e “recolocá-las” no seu “devido lugar”. Dentre as modalidades de violência e coerção utilizadas pelo aparato repressor destacamos a violação sexual, que foi empenhada de forma sistemática, principalmente, contra as mulheres. Objetivamos avaliar a presença de violência sexual no universo do terror estatal, bem como analisar os motivos que levaram a repressão a identificar o corpo da mulher como um “botim de guerra” ou “campo de batalha”, reconhecer as modalidades de violência sexual utilizada, bem como suas marcas, traumas e sequelas. Por fim, objetivou-se, também, contribuir junto às pesquisas do campo das ciências humanas sobre a prática da violência sexual e de gênero contra as mulheres em diversos âmbitos.