Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Sirena, Mariana Silva |
Orientador(a): |
Golin, Cida |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/97959
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Resumo: |
Esta dissertação busca identificar os referentes a partir dos quais o jornalista Aldo Obino (1913-2007) registrou o desenvolvimento do sistema das artes visuais de Porto Alegre, na década de 1950. A pesquisa parte dos pressupostos de que o jornalismo, a partir dos valores próprios do seu campo, constrói perspectivas do circuito artístico em épocas e lugares determinados; empresta visibilidade a certos espaços, agentes eventos e ideias; e orienta os leitores em relação à movimentação do circuito de cultura de seu território. Obino atuou na imprensa por aproximadamente 60 anos, produzindo relatos sobre a cena cultural do Rio Grande do Sul a partir do Correio do Povo, jornal em que assinava a coluna diária Notas de Arte, objeto empírico deste estudo. Para nos aproximarmos da trajetória e do legado do autor, recorremos ao seu arquivo pessoal, cedido por sua família. Utilizamos o método da análise de conteúdo e adotamos um corpus de 314 textos, que corresponde às colunas publicadas entre 1950 e 1959 que abordam temas ligados às artes visuais. A análise objetivou determinar os espaços, os sujeitos, os fatos e os valores estéticos e ideológicos que emergem da coluna, de forma a vislumbrar o mapa do sistema de artes visuais nela proposto. Observamos a centralidade de Porto Alegre como lugar mais recorrentemente mencionado, o que evidencia a importância do parâmetro da proximidade, típico do jornalismo, na estruturação desse conjunto de textos. Constatamos que os artistas, como sujeitos-criadores, foram os protagonistas das ações abordadas na coluna, o que aponta para a existência de um processo de personalização através do qual Obino participa da construção da notoriedade de agentes. Os eventos, como exposições e salões de arte, foram identificados como referência central enquanto pautas catalisadoras do atributo de atualidade nas Notas de Arte, inclusive em forma de morte e efeméride. Na abordagem de certas tendências e debates, notamos, por parte do colunista, a corroboração de alguns valores então hegemônicos no sistema artístico e também o elogio da renovação e do intercâmbio nesse meio. Dessa forma, verificamos um grau de ambiguidade em termos de posicionamento. No mais, vimos que Obino se vincula a um estilo impressionista de crítica de arte, utiliza um tom de intimidade para se aproximar do leitor e tematiza o desenvolvimento do circuito das artes em conexão com o crescimento da cidade. O seu registro se associa fortemente ao território, de forma que a capital gaúcha é presença constante, apresentando-se como cenário ou como personagem dos seus relatos. |