Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Adami, Marina Rossato |
Orientador(a): |
Vieira, Sandra Maria Gonçalves |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/119408
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Resumo: |
Introdução: A ruptura de varizes esofágicas (VE) é uma complicação grave da hipertensão portal (HP). A esofagogastroduodenoscopia (EGD) é o método de escolha tanto para o diagnóstico de VE quanto para a definição do risco de sangramento. Está indicada em todos os pacientes hepatopatas adultos, ao diagnóstico de cirrose. Em pediatria, o momento de realização da EGD não está estabelecido. A busca por métodos não invasivos capazes de diagnosticar a presença de VE e o risco de sangramento é um tema atual e interessante. Os estudos envolvendo crianças são escassos quando comparados com aqueles na população adulta. Os objetivos do presente estudo foram avaliar parâmetros não invasivos para o diagnóstico da presença de VE em crianças e adolescentes com hipertensão portal e verificar se esses são capazes de identificar aquelas de médio e grande calibres (F2F3). Material e Métodos: Estudo transversal, retrospectivo, onde foram selecionados pacientes pediátricos com diagnóstico de HP submetidos à primeira endoscopia para triagem de VE. Os métodos não invasivos em estudo foram aqueles propostos pela literatura, passíveis de serem realizados no nosso meio, avaliados isoladamente ou sob a forma de escores e modelos matemáticos: esplenomegalia, esplenometria, escore z do tamanho do baço, contagem de plaquetas, relação plaquetas/tamanho do baço, relação plaquetas/escore z do tamanho do baço, regra clínica proposta por Gana et al (CPR), Risk Score, teste APRI, classificação e escore Child-Pugh, PELD e MELD. Os cálculos estatísticos foram realizados no programa SPSS versão 18.0. Valores de p < 0,05 foram considerados estatisticamente significativos. Os pontos de corte para cada variável foram definidos a partir da construção de uma curva ROC e do cálculo da área sobre esta curva (AUROC). Foram calculados os valores preditivo positivo (VPP) e negativo (VPN) e as razões de verossimilhança positiva (RVP) e negativa (RVN) e então, construído um modelo de regressão logística com as variáveis estatisticamente significativas nas análises univariadas. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do HCPA (11-0635). Resultados: Cento e três pacientes foram incluídos (idade: 8,9 ± 4,7 anos). Noventa e oito pacientes (95,2%) com HP intra-hepática e 5 (4,8%) com obstrução extra-hepática da veia porta. VE foram identificadas em 71 crianças (68,9%), 68 destes portadores de HP intra-hepática. Trinta e quatro pacientes apresentavam VE F2F3. A mediana de tempo entre a coleta de sangue e a EGD foi de 15 dias (6-40 dias). Na análise univariada, o tamanho do baço, a contagem de plaquetas, a CPR, o Risk Score, o teste APRI e a relação plaquetas/score z do tamanho do baço alcançaram significância estatística. Quando analisados os resultados da AUROC, a contagem de plaquetas, a relação plaquetas/escore z do tamanho do baço, a CPR e o Risk Score foram identificados como os melhores preditores de VE. As variáveis foram submetidas à regressão logística, considerando-se a presença de VE como variável dependente, corrigida para albumina, bilirrubina e escore z do tamanho do baço. As crianças com CPR < 114 apresentaram um risco de 20,7 vezes maior de apresentarem VE. O Risk Score > -1,2 aumentou a probabilidade da presença de VE em 7,47 vezes. Para a presença de varizes F2F3, observamos que as crianças que apresentaram: CPR<114, o Risk Score > -1,2 e a relação plaquetas/escore Z do baço < 25 tiveram maior risco de apresentarem esse desfecho. Conclusões: Na amostra estudada, parâmetros não invasivos como a contagem de plaquetas, a CPR e o Risk Score foram preditores da presença de VE. A CPR, o Risk Score e a relação plaquetas/escore Z do baço identificaram aqueles com VE passíveis de tratamento endoscópico. |