Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Dias, Juliana Tedesco |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/152443
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Resumo: |
Introdução: Varizes esofágicas (VE) são uma consequência da hipertensão portal (HP) que pode levar os pacientes à morte quando há sua ruptura. O uso rotineiro de endoscopia digestiva alta (EDA) visa diagnosticá-las precocemente e tratá-las como profilaxia de sangramento. O estabelecimento de índices preditivos não invasivos de varizes esofágicas busca identificar através de variáveis não invasivas os pacientes com maior probabilidade de possuir varizes que requeiram tratamento endoscópico, evitando assim o procedimento naqueles com baixa probabilidade destas. Objetivos: avaliar a acurácia de testes preditivos não invasivos, comparados à EDA, para o diagnóstico de varizes esofágicas em crianças e adolescentes com hipertensão portal, avaliar o seguimento dos pacientes que tiveram diagnóstico de variz tratável (F2 e F3) mediante intervenção com ligadura elástica em 3 endoscopias sucessivas, a evolução da gastropatia hipertensiva e erradicação de varizes esofágicas nestes pacientes. Métodos: Estudo prospectivo, unicêntrico, em pacientes com HP, acompanhados no ambulatório de Hepatologia Pediátrica e no Setor de Endoscopia Pediátrica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu–Unesp no período de 2014 a 2017.Foram avaliadas as variáveis: contagem de plaquetas, albumina, escore Z do maior diâmetro do baço, APRI, P/SSAZ e CPR. Valores de p<0,05 foram considerados estatisticamente significativos. Sensibilidade e especificidade foram calculados baseando-se nos pontos de corte para as diferentes variáveis preditivas. A área sob a curva ROC foi calculada com o correspondente Intervalo de Confiança da Média de 95%. Foi utilizado GraphPad Prism Versão 5.0, 2005 (GraphPad Software Inc. San Diego, CA, USA). Resultados: 69 pacientes foram incluídos, 46 sem VE e 23 com VE à primeira EDA. Prematuridade, esplenomegalia e cateterismo umbilical prévio foram fatores de risco associados à VE. Contagem de plaquetas menor que 117.000 mm³, albumina menor que 3,9, escore Z do baço maior que 3,67, APRI maior que 0,64, (P/SSAZ) menor que 24,86 e CPR menor que 108,2 foram os valores de ponto de corte encontrados para risco de varizes de esôfago tratáveis. No seguimento de 14 pacientes com ligaduras elásticas sucessivas em 3 endoscopias, observou-se que a acurácia das variáveis se mantém e também que o processo de erradicação das VE aumentou o risco de gastropatia hipertensiva. Conclusão: Na população estudada, conclui-se que as variáveis: contagem plaquetas, albumina, escore Z do maior diâmetro do baço, APRI, P/SSAZ e CPR são bons índices preditivos de varizes esofágicas, selecionando aqueles pacientes com necessidade de tratamento endoscópico e evitando endoscopias desnecessárias. |