Análise neurofisiológica do equilíbrio através da eletromiografia durante a realização do pull test em indivíduos normais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Gamarra, Ariane Haydée Estrada
Orientador(a): Rieder, Carlos Roberto de Mello
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/139400
Resumo: Introdução: Com o aumento da idade, estudos demonstram que a população experimenta um declínio de sistemas fisiológicos participantes no controle da estabilidade postural. Dentre os métodos de avaliação descritos na literatura, encontra-se o Pull Test (PT), que é amplamente utilizado em escala mundial para avaliação do equilíbrio em indivíduos com doença de Parkinson. O teste examina a resposta do corpo a um deslocamento corporal posterior, oferecendo um identificador útil da estabilidade postural do indivíduo. O padrão de ativação muscular durante a realização do PT não foi ainda estudado. Objetivo: analisar o padrão da atividade eletromiográfica durante a realização do PT, em indivíduos hígidos acima de 40 anos de idade. Métodos: Vinte e três indivíduos hígidos realizaram o estudo eletromiográfico (EMG) de superfície dos músculos tibial anterior, gastrocnêmio medial e bíceps femoral durante a realização do PT. O PT e registros eletromiográficos foram realizados sucessivamente por 10 vezes em cada indivíduo. Os indivíduos foram também avaliados pelo Montreal Cognitive Assessment (MoCA). Resultados: O registro EMG mostrou que a atividade muscular inicia pelo tibial anterior, sendo seguida sucessivamente pelo gastrocnêmio medial e bíceps femoral. A frequência do número de passos para a manutenção da estabilidade postural foi de 93,9% para 1 ou 2 passos e 6,1% para 3 passos ou mais. A latência para ativação muscular foi relacionada com o desempenho cognitivo no MoCA. Pacientes com escores no MoCA inferior a 26 apresentavam maior latência do tibial anterior (p=0,03) e do bíceps femoral (p=0,02). Além disso, a amplitude do gastrocnêmio medial relacionou-se inversamente com o índice de massa corporal (IMC) (p=0,01). Conclusão: Constatou-se que o declínio da função executiva e o sobrepeso estão relacionados com mudanças nas respostas 12 neurofisiológicas durante a realização do PT. Os mesmos podem contribuir para prejuízos da estabilidade postural nestes indivíduos.