Estudo eletromiográfico dos membros inferiores durante o pull test em indivíduos com doença de Parkinson e parkinsonismo atípico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Kunkel, Jessiane Prestes
Orientador(a): Rieder, Carlos Roberto de Mello
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/157668
Resumo: Base teórica: Parkinsonismo é uma síndrome neurológica com quatro sintomas principais: bradicinesia, rigidez muscular, tremor em repouso e prejuízo dos reflexos posturais. Há diversas doenças primárias e secundárias que compartilham deste conjunto de sintomas como a doença de Parkinson a paralisia supranuclear progressiva, a degeneração corticobasal, a demência com corpos de Lewy, a atrofia de múltiplos sistemas e o parkinsonismo vascular. Diversos estudos tem demonstrado diferenças no controle postural entre o parkinsonismo típico (doença de Parkinson) do parkinsonismo atípico, especialmente na avaliação de estratégias de respostas posturais de tornozelo e quadril, mas encontramos poucos estudos avaliando a estratégia do passo. Objetivos: Avaliar a ativação muscular em membros inferiores de pacientes com doença de Parkinson, parkinsonismo atípico e controles saudáveis durante uma perturbação postural posterior através de uma ferramenta clínica frequentemente utilizada na avaliação de instabilidade postural nestes pacientes- o Pull test. Métodos: Vinte pacientes (nove com doença de Parkinson, cinco com parkinsonismo atípico e seis controles) foram selecionados para análise do padrão de ativação muscular utilizando eletroneuromiografia de superfície durante uma perturbação postural posterior por dez vezes. A latência, variabilidade da latência entre os testes em cada paciente e amplitude de ativação da musculatura do jarrete, do gastrocnêmio e do tibial anterior foram analisadas e comparadas entre os grupos com escores de gravidade motora (MDS-UPDRS, Hoehn Yahr), teste cognitivo (MoCa), idade, tempo de doença e índice de massa corporal. Resultados: Encontramos uma relação inversa na variabilidade da latência de ativação muscular em relação ao escore de gravidade motora do MDS-UPDRS(p=0,13), mas sem diferença entre os grupos. A amplitude de ativação muscular do gastrocnêmio se correlacionou com os grupos de doentes e não doentes, sendo maior nestes. Não houve diferenças estatisticamente significativas entre a latência de ativação entre os grupos, IMC, tempo de doença, escores MoCa e Hoeh Yahr. Conclusão: Não houve uma diferença estatisticamente significativa entre os tempos de latência de ativação muscular entre os grupos. A variabilidade na latência do tibial anterior se correlacionou inversamente com a gravidade da doença. São necessários, contudo, mais estudos para confirmar estes achados