Padrão sequencial de modificações acústicas da voz, fala, fluência verbal e sintomatologia motora após interrupção da estimulação cerebral profunda do núcleo subtalâmico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Romann, Aline Juliane
Orientador(a): Rieder, Carlos Roberto de Mello
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Voz
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/143459
Resumo: INTRODUÇÃO: A Estimulação cerebral profunda (ECP) do núcleo subtalâmico (NST) é uma técnica neurocirúrgica utilizada para tratamento de indivíduos com Doença de Parkinson (DP) idiopática quando a terapia farmacológica não atinge mais a sua finalidade. Entretanto, a ECP provoca deterioração nos sintomas fonoarticulatórios e fluência verbal. Durante as testagens vocais estudos mostram grande variação do intervalo entre a desativação da ECP e o início das tarefas vocais sendo inconclusivo seu efeito. Este estudo teve o objetivo de verificar as modificações acústicas da voz, fala, fluência verbal fonológica e motoras durante a ECP do NST ligado e desligado em pacientes com DP. MÉTODOS: Foram avaliados 16 pacientes com DP submetidos ao implante de ECP do NST, em tratamento estabilizado e sob efeito da medicação antiparkinsoniana. As avaliações acústicas da voz e da fluência verbal fonológica foram realizadas no início e 5, 15, 30, 45 e 60 minutos após o ECP ser desligado. Após religar o neuroestimulador estas avaliações foram repetidas aos 5 e 15 minutos. Já as avaliações motora global através do UPDRS III e perceptiva da fala (item 18 da UPDRS III) foram realizadas no início e 5, 30 e 60 minutos após o ECP ser desligado, após religar o neuroestimulador estas avaliações foram repetidas aos 5 minutos. RESULTADOS: Um padrão sequencial de retorno dos sinais parkinsonianos foi observado, com agravamento do tremor e da bradicinesia logo nos primeiros 5 minutos após o ECP desligado, já a rigidez retornou de forma significativa após 30 minutos do aparelho desligado. Os sintomas se estabeleceram quando o ECP foi religado. A fala apresentou melhora significativa após 5 minutos do ECP desligado, apresentando escores semelhantes ao baseline após o aparelho ser religado. O parâmetro acústico Shimmer apresentou melhora significativa nos momentos 30, 45 e 60 minutos após o ECP desligado e também aos 5 minutos após religar o ECP, a proporção ruído-harmônico apresentou piora significativa nos momentos 15, 30, 45 e 60 minutos após o ECP desligado. Os demais parâmetros não apresentaram alteração significativa. Os resultados da fluência verbal não apresentou alteração significativa em nenhum dos momentos testados. CONCLUSÃO: A descontinuação da ECP do NST acarreta um agravamento dos sintomas motores, sendo o tremor o primeiro sintoma a reaparecer seguido da bradicinesia e rigidez. Em contrapartida, pacientes submetidos a este procedimento sofrem de alterações da fala e voz que pioram com estimulador ligado.