Avaliação da resposta de curta duração da levodopa em pacientes com doença de Parkinson submetidos à estimulação cerebral profunda crônica no núcleo subtalâmico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Oliveira, Bruno Samuel Fraiman de
Orientador(a): Rieder, Carlos Roberto de Mello
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/199082
Resumo: Base teórica: A Doença de Parkinson (DP) é a segunda doença neurodegenerativa mais comum. O tratamento desta doença é multidisciplinar, envolvendo terapias não farmacológicas, medicamentos e, nos últimos anos, também surgiu a possibilidade de intervenção cirúrgica através da estimulação cerebral profunda (ECP) em alvos como o globo pálido interno (GPi) e núcleo subtalâmico (NST). O tratamento medicamentoso é feito com várias drogas que visam, principalmente, restituir a deficiência dopaminérgica que ocorre na DP. Dentre as medicações, a levodopa configura-se como o fármaco mais eficaz no controle dos sintomas motores. O efeito terapêutico da levodopa na DP consiste em uma resposta de curta duração (RCD) e em uma resposta de longa duração (RLD). A primeira dura cerca de algumas horas após a dose e a segunda, alguns dias. A terapia cirúrgica traz uma melhora importante dos sintomas motores.Contudo, com o passar do tempo, alguns estudos têm reportado que os pacientes submetidos cronicamente a ECP do NST apresentam uma aparente redução da resposta à levodopa. Isto poderia dar-se pela progressão da própria patologia, pela redução das doses das medicações propiciada pela cirurgia ou por um efeito direto da estimulação cerebral.Objetivo: o objetivo principal deste trabalho é comparar a magnitude da resposta de curta duração à levodopa entre os pacientes com DP, tratados apenas com medicamentos e os tratados com fármacos e ECP do NST. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, quasi-experimental em que foram selecionados, por conveniência, 14 pacientes com DP que foram submetidos a ECP do NST e 28 pacientes que foram tratados apenas com o regime medicamentoso e que são candidatos a ECP. Ambos os grupos foram examinados e pontuados conforme a parte III da escala de MDS-UPDRS no estado motor off, após mais de 12 horas sem medicações, e no estado on, após uma dose de 200mg de levodopa. O grupo de pacientes da ECP foi ainda avaliado com a ECP ligada e desligada.Resultados:A média de melhora do grupo de tratamento medicamentoso apenas versus ECP foi de 26,4%  19,4 vs. 23,0%  19,2, respectivamente. Essa diferença não foi estatisticamente significativa (p=0,59).Conclusão: Não houve diferença estatisticamente significativa das médias de melhora na MDS-UPDRS parte III entre o grupo da ECP e o grupode tratamento medicamentoso apenas.