Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Mendes, Nathalia Branco Schweitzer |
Orientador(a): |
Berton, Danilo Cortozi |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/246207
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: A ventilação disfuncional (VD) pode variar de 5 a 32% das causas de dispneia crônica inexplicada em centros especializados. No entanto, é uma condição pouco compreendida com etiologia controversa. Nesse contexto, o Teste de Exercício Cardiopulmonar (TECP) pode ser utilizado não apenas para diminuir uma probabilidade de doença cardiorrespiratória, mas também para detectar o comportamento ventilatório errático usualmente incluído na construção para determinar a VD como uma causa potencial de dispneia ao esforço. OBJETIVOS: Caracterizar o padrão de resposta ventilatória errática ao exercício bem como demais respostas fisiológicas e sensoriais em indivíduos com dispneia crônica com padrão de ventilação disfuncional ao exercício sem outra causa aparente para justificar a dispneia. METODOLOGIA: Uma coorte prospectiva foi realizada na Unidade de Fisiologia Respiratória da Divisão Respiratória do Hospital de Clínicas de Porto Alegre/ Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Brasil) com 20 pacientes que apresentavam dispneia persistente (por pelo menos 3 meses) clinicamente relevante (escore da escala modificada Medical Research Council≥1) e que permaneceu sem explicação após avaliação clínica completa, teste bioquímico básico, hemograma completo, teste de função tireoidiana, teste de função pulmonar no repouso, avaliação cardiológica e imagem do tórax, para realizar um TECP e seguido por, pelo menos, 12 meses com reavaliação clínica e espirométrica. RESULTADOS: Todos os 20 pacientes preencheram os critérios de esforço máximo, mas à custa de um maior incremento da frequência respiratória (f), resultando em maior ineficiência ventilatória (maior pico VE/VCO2, p<0,05) e hiperventilação (f maior no pico, maior relação f/Vt, p<0,05, com menor PetCO2, p< 0,001). Também demonstraram um padrão respiratório errático reforçado por uma maior variabilidade na f nos tempos repouso e aquecimento (p<0,05), maior variabilidade da ventilação minuto (VE) no terceiro minuto do exercício (p<0,05) e maior variabilidade na relação f pelo volume corrente (Vt) (f/Vt) em repouso e no terceiro minuto de exercício (p<0,05).Indubitavelmente, repercutiu em maior carga de dispneia para uma mesma demanda de trabalho desde o início do exercício até momentos antes do pico (p<0,05).Na reavaliação de seguimento, que ocorreu em uma mediana de 33,5 (28,5-37) meses após a primeira consulta, ninguém apresentou novo diagnóstico para justificar seus sintomas respiratórios e/ou 13 tratamentos clínicos. CONCLUSÃO: Esses dados fornecem limiares objetivos para caracterizar o padrão respiratório errático durante o TECP incremental em pacientes com VD. Esperamos que essa abordagem seja útil para melhorar nossa capacidade de avaliar diferentes estratégias visando corrigir essa disfunção ventilatória com foco nos efeitos nos parâmetros respiratórios e sua associação com desfechos clínicos. |