Efeito agudo de broncodilatador sobre as anormalidades da mecânica ventilatória durante o exercício em pacientes com hipertensão arterial pulmonar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Schroeder, Elisa
Orientador(a): Berton, Danilo Cortozi
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/259909
Resumo: Introdução: As características clínicas principais dos pacientes com hipertensão arterial pulmonar (HAP) são a dispneia e a intolerância ao exercício. Tem sido recentemente demonstrado que anormalidades mecânicas ventilatórias podem ocorrer em alguns desses pacientes, acarretando maior dispneia e redução da capacidade de exercício. Objetivo: O objetivo do estudo foi avaliar o uso agudo de broncodiltador (BD) inalatório na mecânica ventilatória, dispneia e tolerância ao exercício em pacientes com HAP. Métodos: Em um estudo experimental duplo-cego, cruzado, randomizado, de dose única e controlado por placebo, os pacientes realizaram, com pelo menos 48 horas de intervalo, testes de exercício cardiopulmonar em cicloergômetro de carga constante de alta intensidade (75% da carga de pico atingida num teste de exercício incremental prévio) 1 hora após o uso de fenoterol + ipratrópio por nebulímetro dosimetrado (40/100μ, respectivamente) (BD) ou placebo. Após a inclusão dos primeiros 22 pacientes e constatada a segurança do uso do BD, os demais 8 participantes incluídos usaram uma dose maior de BD (120/300μ). Indivíduos com evidência espirométrica de distúrbio ventilatório obstrutivo (VEF1/CVF<0,7) foram excluídos. Resultados: Foram incluídos 30 pacientes com HAP (25 ♀, 42,0 ± 13,6 anos de idade) com pressão arterial pulmonar média em cateterismo cardíaco de 44,1 ± 14,9 mmHg). Como esperado, esses participantes apresentaram valores médios reduzidos de tolerância ao exercício (carga de trabalho de pico (watts) = 75,2 + 26,8 % previsto) e capacidade aeróbia de pico (consumo de O2 de pico (L/min) = 1,05 + 65,9% previsto). Embora tenha havido um aumento significativo da capacidade inspiratória (CI) em repouso e durante o exercício após uso de BD, parâmetros de constrição ventilatória mecânica (volume corrente/CI e volume de reserva inspiratória/capacidade pulmonar total) não foram diferentes entre as intervenções. Consequentemente, percepção de dispneia e tolerância ao exercício também foram similares comparando as intervenções. Conclusão: A administração aguda de BD não modificou a mecânica ventilatória, percepção de dispneia e intolerância ao exercício em pacientes com HAP.