Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Parizote, Amanda Dal'zotto |
Orientador(a): |
Zilberman, Regina |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/201718
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Resumo: |
Esta tese investiga de que forma se dá a recuperação do fato histórico em O que os cegos estão sonhando? (2012), obra da brasileira Noemi Jaffe que contém o diário da mãe Lili Jaffe com os registros sobre a prisão em Auschwitz, e Os Memoráveis (2014), romance da portuguesa Lídia Jorge. De modo mais específico, interessa-nos saber como as obras recuperam os fatos que a elas servem de pano de fundo histórico, o holocausto e a Revolução dos Cravos, respectivamente. Desse modo, parte-se do princípio que a obra de Noemi Jaffe baseia-se na recuperação de um fato destruidor, enquanto o romance de Lídia Jorge constrói-se sobre um fato fundador. Para isso, esta tese aponta, primeiramente, elementos particulares a cada uma das obras para, a seguir, refletir sobre os pontos em que os dois textos se interseccionam. Nesse caminho, tecem-se reflexões acerca de gênero textual, literatura e testemunho, literatura e barbárie, linguagem, memória e esquecimento e crítica feminista. Ao longo desse percurso, a tese ampara-se em teóricos como Walter Benjamin (1985, 1992, 1999, 2012), Paul Ricoeur (2007) e Beatriz Sarlo (2007). Por fim, conclui-se que o texto que parte do fato destruidor aponta para a libertação por meio da escrita. Por outro lado, as personagens do romance que parte do fato fundador acabam enclausuradas em suas memórias. |