Uma narrativa híbrida: o jogo ficcional na retomada da revolução dos cravos em Os Memoráveis, de Lídia Jorge

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Cursino, Karina Frez
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/24858
Resumo: A presente dissertação tem como principal objetivo analisar a multiplicidade de gêneros, presentes na composição do romance Os memoráveis (2014), de Lídia Jorge, de maneira a demonstrar, através do diálogo entre eles, como o jogo ficcional proposto retoma a temática e os ideais da Revolução dos Cravos. Para tal tarefa, serão explorados os principais gêneros constituintes do livro: a carta, o documentário, a fotografia e a entrevista, enfatizando nos mesmos o papel da memória para possibilitar o contato de novas gerações com o evento que colocou a população em linha de frente pela democracia no país. A metodologia utilizada é baseada na recolha e leitura de bibliografia que verse sobre o romance e os demais gêneros envolvidos na obra, visando analisar e exemplificar aspectos literários e características desses gêneros que contribuem para o esquema histórico-ficcional, proposto pela autora. O estudo conta, principalmente, com a teoria dos gêneros do discurso, de Mikhail Bakhtin, incluindo os estudos sobre o romance, promovendo destaque para seu caráter multifacetado e propício ao diálogo com outros gêneros, discursivos ou não. O conceito de polifonia também é trabalhado, visando delimitar as vozes heterogêneas que se cruzam nessas diferentes formas que constroem a narrativa. A pesquisa se vale ainda do estudo de teóricos que discutem a carta, o documentário, a fotografia e a entrevista enquanto gêneros, passando ainda por teorias sobre a memória, fio condutor do romance, não deixando de evidenciar como pano de fundo o contexto da revolução.