As experiências formadoras da docência : estudo das trajetórias formativas de professoras-cursistas do curso PEAD/UFRG

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Machado, Juliana Brandão
Orientador(a): Carvalho, Marie Jane Soares
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/72134
Resumo: O mundo da vida cotidiana é o aqui e agora das relações humanas, que se apresenta à nossa interpretação, e onde se forjam as experiências formadoras. A tese analisa o mundo da vida das professoras-cursistas do curso de Graduação em Pedagogia na Modalidade a Distância, oferecido pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, entre os anos de 2006 a 2010, no sentido de identificar e analisar as experiências formadoras da docência em relação às trajetórias de formação dos sujeitos envolvidos no processo. Os conceitos principais da tese são mundo da vida cotidiana, na perspectiva de Alfred Schütz, experiência formadora, de acordo com Marie-Christine Josso e cibersocialidade, na perspectiva de André Lemos. Mundo da vida cotidiana é o espaço das relações humanas que estabelecemos diariamente, a realidade emergente de nossas experiências, e onde se forjam os esquemas reflexivos da consciência, a ponto de transformar uma vivência em uma experiência que significa e demarca a trajetória de um sujeito. Experiência formadora constitui-se como a possibilidade de criar e recriar, no âmbito da formação, as significações a respeito do aprendido: aprendido a fazer, a ser e a pensar. A cibersocialidade se relaciona à vivência do cotidiano presentificado, em que emergem as relações na sociedade em rede. A pesquisa de campo foi desenvolvida em duas etapas: a primeira, de abordagem quantitativa, investiga os usos do tempo das professoras-cursistas e mapeia o seu cotidiano. Na segunda etapa são analisadas as experiências formadoras da docência, a partir da seleção de rotinas-síntese de perfis típicos e atípicos da população analisada, totalizando oito sujeitos. As experiências formadoras foram analisadas a partir dos Portfólios de Aprendizagem das professoras-cursistas, recuperando as recordações-referência a partir dos seus itinerários de experiências individuais. Em relação ao mapeamento do cotidiano das professoras-cursistas observamos um cotidiano marcado por um contingente expressivo de ocupações, em que diminui o tempo de lazer e cuidados pessoais na medida em que aumenta o tempo de estudo. O imperativo de gênero demarca as relações estabelecidas no cotidiano das professoras-cursistas. Consideramos necessário o desenvolvimento políticas públicas voltadas à formação de professores considerando a formação como parte do trabalho remunerado. Em relação às experiências formadoras analisamos em profundidade os registros e percebemos que estas se relacionam com o mundo da vida cotidiana de cada professora-cursista, ultrapassando as fronteiras da universidade e da escola, na medida em que se relacionam com essas vivências. As recordações-referência apresentadas compuseram um rol de experiências formadoras destacadas para estes sujeitos. Na medida em que os oito sujeitos respondem às sínteses de reconhecimentos da população analisada no curso PEAD/UFRGS, apontamos as experiências analisadas acima como as experiências formadoras da docência para as professoras-cursistas do PEAD/UFRGS. Por fim, destacamos a importância de assumirmos a experiência formadora como forma de qualificar a formação de professores.