Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Cavalcanti, Murilo Petito [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/205042
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Resumo: |
A presença massiva de estruturas de segregação e confinamento, dos grandes centros urbanos até as cidades médias, tem moldado o cotidiano e produzido um novo conjunto de relações socioespaciais nas cidades do Brasil e do mundo. Naturaliza-se a existência de uma vida cotidiana permeada por câmeras de vigilância e demais equipamentos de monitoramento e controle da vida social. Dado este cenário, objetivamos compreender qual o caráter das sociabilidades que estão sendo produzidas a partir dos loteamentos residenciais murados de alto padrão, popularmente chamados de condomínios fechados. Tais empreendimentos residenciais fechados têm se proliferado com rapidez, sobretudo nas cidades médias brasileiras, sendo bastante procurados pelas camadas mais abastadas da sociedade. Até mesmo em contextos nos quais a violência estatisticamente registrada não atinge índices mais elevados, os muros, cercas e câmeras de segurança deste gênero de enclave tem se multiplicado, alterando a morfologia das cidades e, consequentemente, as relações entre os sujeitos e o espaço. O município de Araraquara-SP, no interior de São Paulo, com população estimada de mais de 230 mil habitantes, segundo último censo do IBGE (2019), é local do nosso estudo. Elencamos dois loteamentos residenciais murados de alto padrão, realizando entrevistas com moradores de ambos, no intuito de captar qual o teor das relações de sociabilidade que se desenvolvem por intermédio dos muros, tanto nas interações do interior do loteamento habitado, o chamado intramuros, quanto nas relações mais ampliadas com à cidade aberta, o extramuros. A presente pesquisa é um esforço de desmembrar os efeitos da fragmentação socioespacial ao nível das relações cotidianas, compreendendo novos modos de vida urbana que estão sendo gestados a partir da autossegregação e do distanciamento socioespacial. |