Ofício costureira : um estudo sobre educação e as posições ocupadas no mercado de trabalho da confecção de vestuário na região metropolitana de Porto Alegre

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Bordin, Évelin Zanelatto
Orientador(a): Ribeiro, Jorge Alberto Rosa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Job
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/193385
Resumo: Analisar a relação entre o aprendizado da costura, a experiência e as posições ocupadas pela costureira foi o principal objetivo deste estudo realizado com profissionais atuantes na região metropolitana de Porto Alegre. Foram realizadas entrevistas com oito costureiras que se encontravam em quatro posições de atuação: na fábrica, trabalhando a domicílio como terceirizadas ou com reformas de roupas e em atelier próprio, com a finalidade de trazer experiências, considerações sobre o aprendizado da costura e o mercado de trabalho. As entrevistas foram estruturadas no formato de tópicos-guia em uma abordagem qualitativa. Este estudo inicia com um levantamento histórico do ofício, contextualizando-o no sistema capitalista de produção, explicando a organização do trabalho da costura, sua hierarquia e a divisão sexual, levantando historicamente a influência do gênero na profissão. Através dos relatos das entrevistadas, é possível identificar questões importantes da atualidade da profissão frente às rotinas e limitações profissionais, tais como gênero, família, tempo, aprendizado, qualificação e posições profissionais. Concluiu-se com esta pesquisa que a necessidade de trabalhar caracteriza as entrevistadas que ocupam posições fabris e concretizam seu aprendizado na prática do trabalho, entendendo a qualificação formal como única possibilidade para crescimento profissional. As costureiras que tiveram algum aprendizado formal optaram por se afastar de posições na indústria e têm expectativas que se relacionam com a possibilidade de criar suas peças e a autonomia de poder trabalhar diretamente com o cliente. Indiferentemente ao grupo de pertencimento, o desajuste da educação profissional em relação ao mercado de trabalho, em conjunto com a falta de reconhecimento, associa o ofício a atividades domésticas e cargos de baixa qualificação.