Tirando certas limitações, eu me vejo uma pessoa normal: o exercício da classificação social e o mercado de trabalho.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: LIMA, Márcia de Lourdes Bezerra dos Santos.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Job
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/2193
Resumo: Este trabalho objetiva analisar a classificação pessoa com deficiência e os mecanismos de inclusão/exclusão social em relação ao mercado de trabalho no âmbito da Fundação de Apoio à Pessoa Portadora de Deficiência (FUNAD), localizada em João Pessoa, Paraíba. Investigação dos mecanismos que produzem o outro tipificado deficiente, através da pesquisa qualitativa do tipo exploratória com o predomínio de técnicas analíticas de trabalho de campo etnográfico, insere-se no bojo da discussão sobre a problemática da inclusão/exclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho e apresenta elementos de reflexão sobre a classificação, a qualificação e a inclusão/exclusão no mercado de trabalho, considerando o olhar daquele que se constitui como pessoa com deficiência na sua relação com o outro, dentro da lógica inclusiva, atual. A maioria dos empresários tende a não contratação da pessoa com deficiência pela justificativa de não serem qualificados. Entender quais são os elementos que qualificam uma pessoa para o trabalho é outro aspecto analisado. O objeto de estudo delimitou-se a partir da seguinte questão: que instrumentos sociais a tornam/classificam uma pessoa como uma pessoa com deficiência? Delimitaram-se as possíveis hipóteses da investigação: a pessoa com deficiência é um ser produzido a partir de aspectos sociais simbólicos e/ou/também: o trabalho articula elementos simbólicos de atribuições sociais constitutivas da identidade através da relação estruturante entre classificação, organização, localização social, forças produtivas, desempenho, produção e deficiência. Definiu-se como premissa de análise que os processos sociais de interação simbólica produzem a categoria pessoa com deficiência através de mecanismos sociais de classificação e hierarquização. Para tanto, a pesquisa se apresenta com base nos seguintes pressupostos: o conhecimento sobre a pessoa com deficiência compreende um ato temporal, histórico e político; o corpo se constitui através da relação entre saber e poder; entende-se que no contexto capitalista moderno a categoria pessoa com deficiência passa a ser compreendida através de atos de Estado e a existência da categoria pessoa com deficiência tem uma estreita relação com a produção da própria vida material. A fundamentação teórica tem como base o conceito de poder simbólico de Bourdieu que permite através das categorias de análise compreender o objeto de estudo. De acordo com a pesquisa os mecanismos históricos de classificação atrelados aos processos de controle e disciplina do corpo, a partir dos meios de produção da existência, atuam como ferramentas sociais estruturantes da categoria pessoa com deficiência.