Autorregulação da aprendizagem : levantamento e intervenção com estudantes universitários

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Zoltowski, Ana Paula Couto
Orientador(a): Teixeira, Marco Antonio Pereira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/147071
Resumo: Essa tese é composta por três estudos que tiveram como objetivo geral investigar a autorregulação da aprendizagem em estudantes universitários. O primeiro estudo buscou analisar as relações entre aspectos autorregulatórios da aprendizagem e intenção de evasão durante o primeiro ano de universidade. Foi realizado um levantamento de caráter longitudinal com 59 estudantes, sendo avaliados aspectos motivacionais (autoconceito vocacional, autoeficácia acadêmica e metas de realização), estratégias de estudo, características de personalidade (Extroversão, Socialização, Neuroticismo, Realização e Abertura à Experiência), indicador de desajustamento psicológico (ansiedade, estresse, depressão), intenção de evasão e desempenho autorrelatado. Análises descritivas, correlacionais e comparações de médias foram realizadas. Identificou-se uma percepção de piora ao longo do primeiro ano acadêmico. Marcadores de vulnerabilidade (Neuroticismo, meta performance-evitação e indicador de desajustamento psicológico), assim como marcadores de resiliência acadêmica (autoconceito vocacional, autoeficácia acadêmica e meta aprender) foram apontados. Já o segundo estudo buscou avaliar o impacto de uma intervenção breve focada em aspectos autorregulatórios da aprendizagem em estudantes universitários. Participaram 81 estudantes de cursos da área de ciências exatas, com idades entre 18 e 41 anos, divididos em grupo experimental (GE; n=24) e controle (GC; n=57). As mesmas escalas do estudo 1 foram aplicadas antes e após a intervenção. Análises de variância revelaram que a intervenção impactou positivamente o GE quanto à autoeficácia acadêmica, identidade e decisão de carreira, monitoramento e autorreflexão. Além disso, observou-se melhoras nos níveis de ansiedade, depressão e estresse. Por fim, no estudo 3, buscou-se compreender o processo de desenvolvimento da autorregulação da aprendizagem em estudantes universitários. Realizou-se um estudo de caso coletivo, sendo entrevistados três estudantes de graduação em três momentos distintos durante suas participações em uma intervenção com foco na promoção de competências autorregulatórias. Os dados foram analisados através de análise de conteúdo. Foi possível observar diferentes trajetórias de desenvolvimento, sendo que os reguladores externos parecem contribuir de forma importante para a internalização da regulação. De modo geral, discute-se a validade do acréscimo das variáveis de carreira no modelo da autorregulação da aprendizagem, assim como a necessidade de se projetar espaços e ações de intervenção com esses estudantes, potencializando marcadores de resiliência e minimizando o impacto de marcadores de vulnerabilidade. Limitações e sugestões de novos estudos são descritas.