Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Coutinho, Marluce Albring |
Orientador(a): |
Búrigo, Elisabete Zardo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/199593
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Resumo: |
Esta dissertação apresenta uma investigação sobre negociações de sentidos e de significados matemáticos envolvidas no estudo das operações aritméticas básicas da matemática - adição, subtração, multiplicação e divisão - na Educação de Jovens e Adultos. A pesquisa foi desenvolvida por meio da observação participante em uma turma de Totalidades Iniciais em uma escola da rede estadual de ensino de Porto Alegre, com foco nas interações verbais entre os sujeitos da sala de aula, a professora e os estudantes. Baseamo-nos em Bakhtin (1992; 1997) para compreender as enunciações produzidas na sala de aula, em Bishop e Goffree (1986) para abordar as ideias de negociações de significados matemáticos e em estudos no campo da Educação de Jovens e Adultos. O material empírico produzido foi organizado em episódios, sendo cada episódio identificado como uma sequência de interações entre a professora e os alunos ou entre os alunos em torno da realização de uma atividade própria da sala de aula de matemática, como a resolução de um problema aritmético, a correção de cálculos ou a explicação de um conteúdo. A narração de cada episódio inclui transcrições dos diálogos orais entre os sujeitos. Para a interpretação do material, analisamos o papel e as possíveis intenções dos interlocutores nas negociações, e o modo como a linguagem é mobilizada por eles para negociar e compartilhar sentidos e significados. A investigação revela que os sujeitos, professora e alunos, negociam a realização de atividades nas aulas de matemática ou a organização da dinâmica das aulas, por meio da linguagem oral ou escrita ou de olhares e silêncios. Eles modulam seus discursos, manifestam expectativas, questionam as proposições escolares e tematizam permissões. As posições dos interlocutores podem se alternar: a professora negocia as dinâmicas da sala de aula, o uso de diferentes materiais e a mobilização de elementos da linguagem não escolar, mas impõe o uso de determinados procedimentos e de elementos da linguagem da matemática escolar; os alunos questionam o sentido das tarefas escolares, contestam enunciados e procedimentos, apresentam e justificam soluções alternativas para as atividades, solicitam novas explicações da professora, negociando outras dinâmicas de estudo e modos de se relacionar com a matemática escolar. As negociações de significados matemáticos ocorrem eventualmente. As negociações sobre a dinâmica da aula e a realização das atividades visam acordos que, mesmo parcial ou provisoriamente, sejam aceitos pelos sujeitos, mas dentro dos limites estabelecidos pela professora, que visa a apropriação, pelos alunos, de determinados procedimentos e elementos de linguagem da matemática escolar. |