Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Colet, Christiane de Fátima |
Orientador(a): |
Heineck, Isabela |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/164430
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Resumo: |
Introdução: A varfarina é um dos anticoagulantes orais (ACO) mais utilizados na atenção primária a saúde. Com janela terapêutica estreita, exibe grande variabilidade de resposta farmacológica, e maior suscetibilidade de eventos adversos, como sangramentos e tromboembolismo venoso. Entre os fatores que influenciam na variabilidade de dose destaca-se as interações tanto com medicamentos, como com a dieta e o polimorfismo genético. Objetivos: Estimar a incidência de eventos adversos relacionados ao uso de varfarina e descrever o itinerário do usuário pelo sistema público de saúde para resolução dos problemas. Métodos: trata-se de uma coorte prospectiva realizada por um período de 18 meses com usuários do serviço público de saúde, em uso de varfarina, do município de Ijuí/RS. Os dados foram coletados por entrevistas mensais nas residências e complementados com informações médicas obtidas na atenção primária e terciária. As interações medicamentosas foram checadas em bases de dados e os hábitos alimentares conforme metodologia validada. A estatística utilizada para associar sangramento e Time in Therapeutic Range (TTR) e os fatores de risco foi teste de Poison. O projeto foi aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa da UFRGS, com parecer número 336.259/2013. Resultados: Foram entrevistados e acompanhados 69 pacientes, sendo que 64 concluíram o acompanhamento e 5 faleceram durante o estudo, 55,1% eram do sexo feminino, com idade média de 64,3 ±13,7 anos. O tempo médio de uso de varfarina foi de 5,5 anos, a dose média semanal foi de 30,69±15,19mg e o principal motivo para uso de varfarina foi prótese valvular (39,7%). A média de medicamentos utilizados por usuário foi de 9,6±4,5. Quanto aos eventos, os sangramentos tiveram incidência de 37,7/100 pacientes/ano, o tromboembolismo de 4,8/100 pacientes/ano e de óbitos de 4,8/100 pacientes/ano. Os sangramentos apresentaram associação com possuir mais que três interações medicamentosas com a varfarina (p=0,048) e com uso de medicamentos por automedicação (p=0,030). Já para o TTR houve associação com a idade inferior a 65 anos (p=0,032). E 67 usuários estavam suscetíveis a interações medicamentosasas com varfarina, com predomínio das moderadas, sendo a média de interações com este medicamento de 2,91±1,52. A maioria das interações agiam sobre o efeito anticoagulante da varfarina, aumentando a probabilidade de sangramento. Entre as interações que os usuários apresentavam, no momento do sangramento, as mais frequentes foram com: omeprazol, sinvastatina e paracetamol. A maioria dos entrevistados apresentou consumo baixo de vitamina K. Verificou-se que sangramentos e tromboembolismos venosos foram mais frequentes nos pacientes em início de tratamento. E todos os pacientes que foram a óbito durante o acompanhamento (5) eram pacientes com mais de um ano de uso de varfarina. Para a resolução de eventos adversos na maioria dos casos o paciente realizou cuidado domiciliar (53,4%), seguido por busca pela Unidades Básicas de Saúde, 7 pacientes buscaram o serviço de emergência e 5 realizaram internação hospitalar. Observou-se que aproximadamente metade dos pacientes não mostrou seus exames de INR (Razão Normalizada Internacional) ao médico. E na falta de varfarina na rede pública de saúde do município, que ocorreu entre os meses 13 e 16, entre 24,9 a 43,5%, deixaram de usar o medicamento. Os resultados do polimorfismo demonstram que 47 (71,2%) não apresentam polimorfismo ao genótipo CYP2C9, e 24 (36,4%) ao genótipo VKORC1. Avaliando os dois genótipos associados, verifica-se que 17 (25,8%) não apresentam polimorfismo a nenhum destes. Não foi observada associação estatística do polimorfismo com sexo e raça. Observou-se diferença significativa entre a dose utilizada para os diferentes polimorfismos (p=0,013). Da mesma forma, para o VKORC1, houve diferença significativa entre a dose e o genótipo (p=0,018). Conclusão: Estes resultados demonstram a necessidade de uma maior assistência a estes pacientes, buscando melhores resultados clínicos, com menos eventos adversos. |