Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Hentges, Bruna |
Orientador(a): |
Knauth, Daniela Riva |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/202756
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Resumo: |
Introdução: O grupo de homens que fazem sexo com homens (HSH) é fundamental para o controle da epidemia da Aids. Apesar de inovações biomédicas, o uso consistente do preservativo masculino nas relações sexuais é considerado o método preventivo mais eficiente e acessível para reduzir a transmissão sexual do HIV. Objetivos: Avaliar fatores associados ao uso inconsistente do preservativo com parceiros casuais em uma população HSH no Brasil. Métodos: Os dados analisados são provenientes de uma pesquisa com delineamento transversal e método de amostragem Respondent Driven Sampling (RDS). O estudo contempla 4.176 HSH avaliados em doze capitais do Brasil. Foram considerados os participantes que relataram relações sexuais com parceiros casuais. O uso inconsistente foi construído verificando-se o uso do preservativo nas relações anais (insertiva e receptiva) dos últimos 6 meses e na última relação sexual. As estimativas foram calculadas utilizando delineamento de amostra complexa com ponderação. Resultados: Do total de participantes, 2.171 reportaram parceiros casuais nos últimos 6 meses. O uso inconsistente do preservativo com este tipo de parceria foi reportado por 48,8% dos participantes. A amostra estudada é jovem (média de 24,7 anos), predominantemente parda (39,8%), com renda mediana de R$880,00 e com alta escolaridade. Estiveram significativamente associados ao uso inconsistente do preservativo a baixa escolaridade (RC: 1,93, IC 1,22-3,06), o não uso do preservativo na primeira relação sexual (RC: 3,14, IC 2,14-4,61), e a percepção de risco para o HIV moderada ou alta (RC: 1,62, IC 1,11-2,36). Um fator de proteção para o uso inconsistente foi a maior idade (RC: 0,84, IC 0,72-0,98). Conclusões: Nossos resultados indicam que os jovens HSH não estão utilizando o preservativo como forma de prevenção para o HIV, mesmo com parceiros casuais. Estes dados contribuem para o entendimento da epidemia do HIV/Aids no Brasil, indicando a necessidade de novas estratégias de prevenção específicas para esta população. |