Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Fernandes, Ítalo [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/204179
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Resumo: |
Este é um estudo sobre as vivências da sexualidade de homens com o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) que fazem sexo com homens. A presente pesquisa foi ancorada na ideia de contextualizar a trajetória do HIV desde o surgimento da doença até os dias atuais. Teve como base uma revisão da literatura, em que foram selecionados 3 eixos temáticos: (1) A doença na interface com o estigma; (2) A doença na interface com as políticas de saúde pública; e (3) A doença na interface com a mídia. Partindo dessas perspectivas, busca-se compreender os significados e sentidos atribuídos às vivências sexuais de homens com HIV que fazem sexo com homens. Para desvelar o mundo-vida dos colaboradores, elegeu-se a metodologia qualitativa fenomenológica. As entrevistas foram realizadas por meio de um diálogo com 7 colaboradores que aceitaram em participar da pesquisa, norteado pela seguinte questão: “Conte para mim sua história de vida pela perspectiva de sua educação sexual, a partir de sua infância, adolescência, juventude e fase adulta, ou seja, até a descoberta de sua sorologia positiva para o HIV e após”. As entrevistas foram gravadas, transcritas na íntegra, e analisadas dando início a compreensão e interpretação do fenômeno. Estes relatos indicam, na esfera do privado e do íntimo das famílias, a ausência de diálogos amorosos e formativos, acerca da sexualidade de seus filhos. A escola, como matriz de sentidos, falhou na educação desses homens, pois integralizou o “o não dito” como prática educativa, assumindo assim a responsabilidade de exposição dessas gerações às infecções sexualmente transmissíveis e, principalmente, ao HIV. No cenário atual, o obscurantismo e a desvalorização da ciência se fortaleceram, por meio de retrocessos e o esmorecimento de políticas educacionais e de saúde pública voltadas para a Educação Sexual e a prevenção do HIV. São essas nuances cotidianas que passam a ser compreendidas como fatores que corroboram, embora não sejam os únicos, com o aumento de homens com HIV na contemporaneidade. |