Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Espíndula, Izabela Amaro |
Orientador(a): |
Knauth, Daniela Riva |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/229396
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Resumo: |
Introdução: O HIV/Aids surgiu no início da década de 80, e ainda é uma epidemia mundial. No Brasil, assim como em outros países, o HIV/Aids está concentrado em alguns segmentos populacionais, como entre os homens que fazem sexo com homens (HSH). Dentre as tecnologias disponíveis para a prevenção, o preservativo masculino historicamente teve e ainda tem um papel muito importante pelo seu baixo custo, facilidade de uso e ampla disseminação na população, sendo distribuído gratuitamente no país desde 1994. A distribuição gratuita de preservativo é uma estratégia fundamental para o combate ao HIV/Aids, por isso, a fim de melhorar sua oferta, é importante compreender como os HSH têm acessado o preservativo gratuito. Objetivo: identificar os fatores associados à obtenção de preservativo gratuito por HSH. Metodologia: Estudo transversal realizado em 2016 por meio de questionário em doze capitais brasileiras. Homens que relataram relação sexual com um homem nos últimos doze meses foram recrutados pelo método Respondent Driven Sampling (RDS). Por meio de regressão logística univariável e multivariável, analisaram-se os fatores associados à obtenção de preservativo gratuito nos últimos doze meses, como características sociodemográficas, comportamentais e de acesso a serviços de saúde. Resultados: Nos doze meses anteriores à pesquisa, 79,7% dos HSH relataram ter pegado ou recebido preservativo gratuito, sendo os serviços públicos de saúde os locais mais frequentes. A obtenção esteve associada à participação em ONG (RC=2,74; IC95%=1,9 – 3,95). Para os HSH que possuem 11 anos de estudo ou mais, ter um diagnóstico prévio de IST aumentou a chance de obtenção de preservativo em relação aos que não tiveram o diagnóstico (RC=2,36; IC95%=1,55 – 3,62); analisando o grupo que já teve um diagnóstico de IST, ter realizado teste de HIV no último ano aumentou a chance de obtenção de preservativo (RC=2,66; IC95%=1,55 – 4,56); e para aqueles que não possuem plano de saúde, realizar consulta médica no último ano aumentou a chance de obter o insumo (RC=1,92; IC95%=1,33 – 2,77). Conclusão: O estudo evidenciou o papel das ONGs e dos serviços públicos de saúde para a obtenção de preservativo gratuito pelos HSH. Visto que nem todos os HSH estão presentes nesses espaços, é preciso aumentar e diversificar os locais de distribuição de camisinha. Além disso, ter um diagnóstico prévio de IST é um fator que influencia a obtenção de preservativo. Destaca-se a importância de fornecer aos HSH informações que possam auxiliar na autogestão de riscos de contrair HIV e outras ISTs antes de os indivíduos se infectarem. |