Racionalidades e modos de vida no processo de apropriação das políticas públicas pelos agricultores familiares tradicionais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Machado, Dayana Cristina Mezzonato
Orientador(a): Gehlen, Ivaldo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/178160
Resumo: O tema desta dissertação é o estudo das interações entre os sujeitos sociais e as políticas públicas, tendo como referência empírica os agricultores familiares tradicionais e sua apropriação do Plano Brasil Sem Miséria (PBSM). O principal objetivo foi compreender a relação entre as distintas racionalidades e os modos de vida ou experiências de agricultores tradicionais e o Plano Brasil Sem Miséria – Projeto Fomento. Para tanto foram investigadas a formação histórica dos agricultores tradicionais no Brasil e no Rio Grande do Sul e a trajetória das políticas públicas e sociais brasileiras a partir da década de 1990. Optou-se pelo método qualitativo e os instrumentos de coleta de dados primários foram entrevistas semi-estruturadas, individuais e coletivas e como fontes secundárias, documentos e obras publicadas sobre os municípios pesquisados. A pesquisa foi realizada nos municípios de Dom Feliciano, Itati e Lajeado do Bugre, Rio Grande do Sul, Brasil. As entrevistas foram realizadas com famílias beneficiárias do Plano Brasil Sem Miséria e técnicos da Emater/RS. Para o desenvolvimento deste estudo mobilizou-se os conceitos de racionalidade e modos de vida. Observou-se que produção para o autoconsumo ocupa lugar privilegiado na racionalidade dos agricultores tradicionais. A política pública foi adaptada pelos agricultores readequando-a a suas expectativas e demandas imediatas, não necessariamente geradoras de transformação de seu modo de vida e da sociedade em que vivem. Os agricultores elaboram estratégias de apropriação da política orientados pela racionalidade do risco mínimo, tendo como objetivo o fortalecimento do seu modo de vida. Os resultados indicam que as condutas e os comportamentos dos agricultores podem estar associados a opção por um modo vida com características mais próximas às tradicionais.