Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Silva, Noemi Muller Iven da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
FURG
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.furg.br/handle/1/8599
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Resumo: |
Este estudo aborda o comportamento sucessório na agricultura familiar do município de Canguçu/RS, onde a continuidade dos filhos na atividade agrícola está relacionada a capacidade reprodutiva das propriedades constituídas estrategicamente por características heterogêneas cuja condição os insere diferentemente no mercado através de sua produção. Os resultados delinearam três grupos diferenciados quanto a perspectiva sucessória observando-se: propriedades com maior possibilidade sucessória, propriedades com média possibilidade sucessória e propriedades com menor possibilidade sucessória. A maior possibilidade sucessória foi observada nas propriedades com maior dinamismo de renda representadas pelas produções de fumo e soja. Os filhos possuem maior interesse em permanecerem na agricultura além de receberem incentivos dos pais. A média possibilidade sucessória estabelece-se em propriedades com produção diversificada além de milho, feijão, leite e produção de alimentos orgânicos onde os filhos apresentaram um interesse médio em permanecerem. Quanto aos que desejam permanecer na agricultura possuem racionalidades distintas, uns apostam na modernização e os outros no desenvolvimento da agricultura orgânica, mas ambos querem manter a propriedade dos pais. A menor possibilidade sucessória ocorre em propriedades com produção diversificada, milho, feijão e leite, porém, com menor interação com o mercado, onde alguns integrantes da família buscam incrementar a renda com atividades externas. Nos assentados da reforma agrária existe uma maior organização coletiva e priorizam a produção de alimentos. O desejo de continuidade dos filhos na propriedade dos pais e no desenvolvimento da agricultura é menor, atribuído a ausência de um mercado consistente para escoar a produção. O comprometimento da continuidade agrícola de muitas propriedades do meio rural do município pela falta de sucessão é uma condição eminente que requer a reestruturação de estratégias por meio de políticas adequadas para o desenvolvimento agrícola local, para instigarem o interesse de muitos jovens pela profissão de agricultor. |