Padrões de amamentação nos seis primeiros meses de vida de bebês atendidos por consultoria em lactação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Moraes, Bruna Alibio
Orientador(a): Gonçalves, Annelise de Carvalho
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/248491
Resumo: Introdução: os benefícios do aleitamento materno para a dupla mãe-bebê já foram comprovados e reconhecidos mundialmente, entretanto as taxas permanecem abaixo do recomendado pela Organização Mundial de Saúde. A Consultoria em Lactação é uma das estratégias com impacto positivo nas taxas de amamentação em outras localidades, mas que ainda necessita de maior visibilidade no Brasil. Objetivo: identificar os padrões de amamentação, determinar a sobrevida do aleitamento materno exclusivo e os fatores associados à sua interrupção, nos seis primeiros meses de vida de bebês atendidos por Consultoria em Lactação em um Hospital Amigo da Criança. Método: trata-se de estudo de coorte prospectivo, realizado com 231 duplas mãe-bebê atendidas por Consultoras em Lactação do Hospital de Clínicas de Porto Alegre/RS. Procedeu-se à Análise de Sobrevivência para avaliação da interrupção do aleitamento materno exclusivo. Resultados: houve redução progressiva de bebês em aleitamento materno exclusivo e aumento gradual do desmame ao longo do período, com o uso de outro leite além do materno sendo referido a partir da entrevista de 15 dias e persistindo ao longo do seguimento. A introdução de outros alimentos ocorreu a partir dos 120 dias de vida da criança, o que vai de encontro às diretrizes de alimentação infantil. A curva de sobrevivência revelou queda gradativa na probabilidade de aleitamento materno exclusivo, com 19,6% de probabilidade aos 180 dias de vida do bebê. Os fatores associados à interrupção do aleitamento materno exclusivo foram: tabagismo na gestação (HR 1,66 IC 1,05 – 2,61 p = 0,029), mulheres com idade ≥ 35 anos (HR 1,73 IC 1,03 – 2,90 p = 0,037), dificuldade na amamentação após a alta hospitalar (HR 2,09 IC 1,29 – 3,41 p = 0,003), busca por auxílio profissional por dificuldades na amamentação (HR 2,45 IC 1,69 – 3,54 p < 0,001) e bebês que usaram chupeta (HR 1,76 IC 1,21 – 2,58 p = 0,003). Conclusão: a identificação dos padrões de amamentação, assim como o conhecimento dos períodos em que ocorrem as maiores quedas nas taxas de aleitamento materno exclusivo e os fatores envolvidos na sua interrupção, podem auxiliar os profissionais de saúde na captação de duplas mãe-bebê vulneráveis a problemas na lactação, e também no planejamento de ações efetivas com potencial de reversão das taxas crescentes de desmame precoce que repercutem negativamente na saúde infantil.