A sobrevivência de imagens da belair na obra da cineasta Helena Ignez

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Strack, Daniela Pereira
Orientador(a): Leites, Bruno Bueno Pinto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/252782
Resumo: A presente dissertação tem por objetivo investigar a sobrevivência das imagens da Belair nos filmes dirigidos por Helena Ignez. Isso porque uma das características essenciais na filmografia da cineasta é apropriação dessas imagens enquanto recurso estético e narrativo, tanto nos seus filmes de ficção, quanto nos de documentário. Os filmes A Miss e o Dinossauro (2005), Luz nas Trevas: a volta do Bandido da Luz Vermelha (2010), Ralé (2015) e A Moça do Calendário (2018) compõem o corpus da pesquisa e evidenciam o retorno e a atualizacão de uma série de imagens, personagens e temáticas que marcaram o cinema brasileiro moderno (XAVIER, 2001b), do qual Helena Ignez foi um dos nomes mais relevantes através do seu trabalho como atriz (GUIMARÃES; DE OLIVEIRA, 2021). Portanto, a pesquisa propõe identificar e analisar a sobrevivência dessas imagens (DIDIHUBERMAN, 2002) a partir do cotejo entre dois momentos distintos da carreira de Ignez: seu trabalho como atriz na Belair Filmes, experiência artística empreendida por ela ao lado dos cineastas Rogério Sganzerla e Júlio Bressane em 1970, e o seu trabalho contemporâneo atrás das câmeras. Com relação às análises, a pesquisa parte da perspectiva do cinema comparado e do método da montagem de acordo com Georges Didi-Huberman (2000, 2002) a fim de articular os filmes em categorias que são orientadas pelos diferentes recursos de apropriação fílmica empregados por Ignez. São três os eixos de análise: montagem de tempos e intervalo, apropriação pela repetição e sobrevivência do gesto. No primeiro, há a análise da apropriação de imagens de arquivo de filmes da Belair e sua inserção na edição de Ralé e Luz nas Trevas. Já no segundo, a inserção das imagens de arquivo é incorporada dentro da diegese do filme e as ações que se desenrolam no filme antigo são duplicadas em cena a partir da reencenação dos atores, em Ralé e A Moça do Calendário. Por fim, o último eixo de análise consiste em identificar a apropriação do programa gestual de personagens da Belair pelas atrizes e atores dos filmes de Helena Ignez, partindo também de Ralé e A Moça do Calendário.