Belair e Cine Subterráneo: o cinema moderno pós-1968 no Brasil e na Argentina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Garcia, Estevão de Pinho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27161/tde-11092018-095334/
Resumo: A tese apresenta como objetivo abordar o cinema moderno pós-1968 no Brasil e na Argentina por meio da análise comparativa entre os cinco filmes da produtora carioca Belair e três da vertente portenha Cine Subterráneo. O corpus fílmico é composto por Família do barulho, Barão Olavo, o horrível e Cuidado madame, de Júlio Bressane e Copacabana mon amour e Sem essa Aranha, de Rogério Sganzerla. E também por Alianza para el progreso, de Julio Ludueña, Puntos suspensivos, de Edgardo Cozarinsky e La família unida esperando la llegada de Hallewyn, de Miguel Bejo. Temos como eixo a nova inflexão diante da interface entre cinema e política posta em prática após 1968 e que se coloca em conflito com o modelo de dinâmicas precedentes. Essas dinâmicas, o Cinema Novo no Brasil e o Grupo Cine Liberación na Argentina, se enquadram no Nuevo Cine Latinoamericano (NCL), rótulo que abriga diferentes movimentos de cinema político espalhados por distintos países do continente. Fora de sua órbita, tanto a Belair como o Cine Subterráneo são práticas não mais estimuladas pelo imperativo do \"cinema de conscientização\" e não mais circunscritas a um projeto de revolução política. São manifestações que se destacam pela estima que conferem ao trabalho com a forma e ao ato criativo da realização cinematográfica. Este se vincula com um questionamento do estatuto convencional do filme que se direciona a um reposicionamento perante sua produção, circulação e recepção. A partir do exame de questões que assinalam uma ruptura com o NCL ou a pesquisa por novos caminhos estruturamos nossa análise formal dos oito filmes.