Análise bioestratigráfica e paleoceanográfica com foraminíferos planctônicos do quaternário tardio no Atlântico sul ocidental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Ibarra, Jaime Yesid Suarez
Orientador(a): Pivel, Maria Alejandra Gómez
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/232441
Resumo: Os foraminíferos planctônicos são excelentes ferramentas utilizadas em estudos bioestratigráficos e paleoceanográficos do Cenozoico devido à sua abundância, altas taxas de evolução, distribuição ampla e boa preservação. Além disso, suas carapaças carbonáticas se precipitam em equilíbrio isotópico com a água do mar, registrando as condições paleoceanográficas dos ambientes onde habitaram. Por tais razões, utilizaram-se as associações de foraminíferos planctônicos do testemunho SAT-048A, recuperado do talude médio da porção norte da Bacia de Pelotas para: i) avaliar o potencial de aplicação dos bioecozoneamentos desenvolvidos para as bacias de Santos e Campos, ii) reconstruir as condições oceanográficas de superfície e fundo e, iii) propor um modelo teórico para melhor avaliar os efeitos da dissolução na fragmentação dos foraminíferos planctônicos. Para isto, esta dissertação se baseia em dados inéditos de cunho paleomicrontológico, geoquímico e sedimentológico do testemunho SAT-048A, e dados não publicados do testemunho SIS-188. O artigo i) demonstra a aplicabilidade das bioecozonas da parte mais tardia do Quaternário, porém, se reconhece que antigos limites considerados síncronos, responderam realmente de forma “temporal- progressiva” devido às mudanças no contexto do Oceano Atlântico. O artigo ii) reconstrói as variações na paleoprodutividade e paleotemperaturas da superfície, assim como os fluxos de matéria orgânica ao fundo e seus possíveis efeitos na dissolução das testas dos foraminíferos planctônicos. Além de variações de cunho glacial-interglacial, a influência da insolação foi reconhecida nas bacias de Pelotas e Santos. O artigo iii), baseado na subjetividade que existe em relação à avaliação da fragmentação das testas, explora um novo método que relaciona a área e o perímetro dos restos de testas não completas. É proposta a medida “Intensidade da Fragmentação” e a mesma é avaliada com respeito aos outros indicadores de dissolução. Estudos futuros deverão i) estudar a aplicabilidade e, eventualmente, calibrar os bioecozoneamentos mais profundos no tempo, ii) avaliar a influência das massas d’água do fundo na dissolução das testas dos foraminíferos planctônicos e, iii) testar a efetividade da “Intensidade da Fragmentação” com amostras recentes e fósseis em diversas áreas e contextos sedimentológicos.