Influência da dupla tarefa na deglutição de pacientes portadores da doença de Parkinson

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Ardenghi, Luciana Grolli
Orientador(a): Rieder, Carlos Roberto de Mello
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/151007
Resumo: Introdução: A disfagia está frequentemente assoaciada com a DP e pode levar a desidratação, perda de peso, pneumonia aspirativa, redução da qualidade de vida severa e até mesmo óbito. Apesar desses dados, os mecanismos subjacentes e a interferência de tarefas simultâneas na deglutição permanecem incertos, principalmente na população com DP que, conhecidamente, apresenta dificuldades em realizar movimentos simultâneos. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi avaliar a interferência da dupla tarefa na biomecânica da deglutição na DP, avaliada por meio de videonasoendoscopia funcional da deglutição e videofluoroscopia da deglutição (VFD). Método: Este estudo foi dividido em dois experimentos. No primeiro experimento dez participantes com DP foram testados enquanto realizavam a deglutição e uma dupla tarefa manual por meio de VFD. Na condição de dupla tarefa, os participantes deglutiram 5ml de alimento pastoso durante oposição de polegares sequencial e não sequencial. Para o segundo estudo, avaliamos por meio de FEES, 19 pacientes pareados por sexo, idade e escolaridade com controles saudáveis (HC). A dupla tarefa empregada foi deglutir 3ml e 5ml de pastoso durante a performance de oposição de polegares não sequencial. Resultados: Os resultados mostraram efeitos funcionais significativos na segurança da deglutição entre o desempenho da tarefa isolada e na dupla tarefa por meio da VFD e FEES. Não houve correlação entre o desempenho nas testagens cognitivas e estágio da doença medido através de UPDRS (Unified Parkinson’s disease rating scale) para a MBSS e H&Y (Hoehn & Yahr) para FEES. Esses achados revelam que a avaliação e terapia necessitam de atenção e manejo considerando tarefas que podem ser competitivas para a deglutição e consequentemente comprometer a sua segurança.